
Vereadores de diversas correntes políticas repudiaram nesta quarta-feira (30) a forma agressiva com que manifestantes que tiveram na Câmara Municipal em duas oportunidades, a última delas, no final da manhã da terça-feira (29). Os que se aglomeraram na frente do Parlamento reivindicavam o auxílio-moradia, cujo pagamento já havia sido feito no último dia 21, conforme informou a Secretaria de Ação Social da Prefeitura de Aracaju.
“Essa reivindicação com baderna, não fez sentido. O pagamento já havia sido feito, há mais de oito dias”, afirmou o presidente da Câmara, Vinicius Porto (DEM), Vinicius, ao lamentar que participantes da manifestação tenha agido de má fé, a exemplo de uma senhora que chegou a dizer aos vereadores que agentes da Polícia de Choque estavam batendo nos manifestantes que ficaram do lado de fora da CMA.
“Imediatamente o vereador Iran Barbosa foi verificar essa situação e viu que não era verdade. Não tem a menor necessidade de inventar esse tipo de mentira. A minha parte de intermediar as reinvindicações deles junto ao município e isso, estou fazendo”, afirmou, lembrando que uma comissão, representando os manifestantes adentrou e chegou a usar a tribuna para falar sobre as suas pautas.
O vice-presidente da CMA, Jailton Santana (PSC) parabenizou Vinicius pelo zelo com a Casa e destacou a decisão, no seu entender, acertada de chamar segurança para proteger a integridade física tanto dos vereadores, quanto dos funcionários. “Ontem enquanto tentava sair da Câmara, fui duramente insultado pelos manifestantes. Não estava na Câmara na sexta-feira, mas, fui informado por funcionários que também foram agredidos dentro do seu setor de trabalho”, revelou Jailton.
O parlamentar disse que muitos dos pseudo-manifestantes nem sabiam porquê estavam na porta da Câmara, pois foram levados por líderes de partidos políticos, como PSOL e PSTU para serem usados como massa de manobra. “Eles querem o nosso apoio para resolver os seus problemas e nos recebem de forma agressiva. Eu e o vereador Lucas Aribé fomos duramente agredidos. Isso não é inteligente”, afirmou a vereadora Flávia Brasileiro (PRTB).
Ela ressaltou não ser contra manifestação, mas desde que sejam ordeiras. “Ficamos na Casa ontem até às 13h, debatendo com alguns representantes e ao sairmos, as pessoas que estavam aguardando lá fora não sabiam do nosso posicionamento de ouvir as reinvindicações, fomos vaiados e xingados”, destacou Flávia.
“Eu não aceito esse tipo de violência e nem agressão gratuita. Fiquei assustado com o que vi nessas manifestações. Sou vereador e quando não estou aqui, estou atendendo ao povo. Já às seis da manhã, antes de chegar à Câmara estou no centro cirúrgico operando mulheres que não têm condição de pagar a um atendimento particular. Estou atendendo às pessoas sem condições financeiras. Não sou ladrão, não sou irresponsável. Para mim, seria muito mais cômodo estar aqui sentado na cadeira de vereador, no ar condicionado, tomando água gelada. Mas, antes de tudo isso, estou nas ruas atendendo ao povo que é para isso que fui eleito. Fui eleitor vereador para representar todo o povo de Aracaju e não aceito ser atacado dessa forma”, protestou o vereador Manuel Marcos.
O vereador Dr. Gonzaga (PMDB) também se revelou assustado com as agressões verbais proferidas pelos manifestantes a alguns vereadores. “São agressões descabidas e desnecessárias. Inaceitáveis, pois não estamos aqui brincando. As pessoas precisam respeitar o Parlamento”, afirmou o vereador.
Por: Viviane Cavalcante