Não é segredo para ninguém que acompanha a política sergipana: o deputado federal Laércio Oliveira (Progressistas) quer disputar o Governo do Estado, apoiado pelo governador Belivaldo Chagas (PSD) e por todo o seu grupo. Mas, em entrevista concedida ao JORNAL DA CIDADE, Laércio vai avante: além de desejar ser o escolhido no processo de sucessão que será comandado por Belivaldo, ele gostaria de contar também com a simpatia do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Questionado pela reportagem do JC se gostaria de ser o nome apoiado pelo presidente para o Governo de Sergipe, em 2022, Laércio não titubeia: “O apoio de Bolsonaro é importante, quero que ele seja um apoiador, caso eu seja o escolhido. Quem é que não quer? Bolsonaro, goste ou não dele, tem 40% de aceitação da população. Quem anda com Bolsonaro, e eu já tive a oportunidade de fazê-lo algumas vezes, em locais diferentes, percebe o carinho que as pessoas têm por ele. Aqui em Sergipe, na última visita inesperada, ninguém sabia onde ele ia pousar, ele desceu sozinho na Barra dos Coqueiros, começou a caminhar sozinho, as pessoas abriam as portas e corriam para encontrar com ele. Em cinco minutos o local estava tomado de gente”, contou o deputado sergipano.
Continuando sua avaliação sobre o cenário político, Laércio disse que o presidente Bolsonaro é importante, pois deve chegar às eleições de 2022 muito bem posicionado. “É a impressão que eu tenho. Ele será um aliado importantíssimo dentro desta construção”, avaliou Oliveira, ressaltando que o enfrentamento à pandemia não foi fácil para nenhum governante. O deputado tem trabalhado para fortalecer seu relacionamento com o Governo Federal. Prova disso é que o presidente já esteve no menor Estado da federação por duas vezes – sendo uma delas a convite de Laércio Oliveira. “Existe ainda uma possibilidade de ele voltar em breve, porque tem muita coisa boa acontecendo em nosso Estado. E isso tudo vai formando um conceito, uma imagem”, explicou o sergipano. Correligionário? O deputado lembrou ainda que existe um convite para que Bolsonaro se filie ao seu progressista – o que tornaria os dois correligionários, mudando todo o cenário. “Isso é um indicativo muito positivo, mas como não aconteceu, não trabalho com essa possibilidade – apesar de ela existir.
O Progressistas é hoje o partido mais próximo do presidente, que continua sem partido”, destacou. Sobre a questão, Oliveira encerrou ratificando sua avaliação de que Bolsonaro seria um aliado fortíssimo. “É um aliado que quero preservar, que eu quero cuidar, quero prestar o meu serviço. Não sou bolsonarista, mas sou aliado do governo nas causas que eu estou convencido de que são boas para o meu país. No mais, isso é uma construção, um passo a cada dia”, concluiu. Candidato do Grupo Apesar de esperar contar com esse reforço na campanha, o deputado do PP deixa claro que em sua concepção a política é um coletivo, é grupo.
Para ele, quem quer vencer uma eleição para governo do estado tem que ter um agrupamento político forte e muito coeso. “E sei que na política isso muitas vezes não é fácil, mas a construção que nós estamos fazendo hoje dentro do agrupamento político nosso, hoje comandado pelo governador Belivaldo Chagas, vai nesse caminho. Existe uma harmonia de ideias, com todos os partidos que fazem parte da base, independentemente da ideologia de cada um. E até aqui o governador tem mantido o equilíbrio de todo mundo”, analisou. Ele também considerou ter sido essa a fórmula do sucesso nas eleições municipais. “Toda a base do governador, todos os partidos, comandados pelo governador, harmonizaram em torno de Edvaldo e Catarina. E deu certo. Então é a mesma fórmula que será aplicada para a sucessão de Belivaldo Chagas”, encerrou o congressista.
Por Max Augusto