Agentes de saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) procuraram a bancada da Rede Sustentabilidade para denunciar uma série de problemas que eles estariam enfrentando diariamente para o cumprimento de suas atividades desenvolvidas junto a população da capital. Líder do partido na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), a vereadora Kitty Lima expôs nesta quinta-feira, 17, durante seu discurso na Casa, as reclamações da categoria sobre a falta de condições mínimas de trabalho e defasagem salarial.
Os vereadores Kitty Lima e Américo de Deus foram procurados por um grupo de agentes de saúde do município que denunciou as péssimas condições de trabalho as quais são submetidos. “Eles relataram a falta de estrutura por parte da prefeitura para desempenhar o trabalho que é tão importante nas comunidades e a defasagem salarial de três anos, além de cobrarem o pagamento de gratificações por desempenho de serviço em área de risco. Uma gestão com credibilidade trata seus servidores como parceiros e a gente percebe que a Prefeitura de Aracaju faz o contrário com a maioria desses servidores ao não dar a atenção devida, e aí a gente vê a indiferença ao serviço público”, lamenta Kitty.
Indignada com toda a situação exposta, Kitty se reuniu com o presidente do Sindicato dos Agentes de Saúde e Endemias do Município de Aracaju (Sacema), Vinícius Ribeiro, para ratificar tudo o que foi dito pelos servidores. “Ele me apresentou fotos e imagens que comprovam a lamentável situação que enfrentam os agentes para desempenhar suas funções, como fardamento e calçados inadequados que os expõem a um perigo ainda maior que o natural do serviço, isso é inadmissível. Eles afirmam que estão há três anos sem receber novos fardamentos, assim como sem receber reajuste salarial”, expôs a vereadora.
O sindicato apontou também a falta de critério para concessão de gratificação por trabalho aos agentes, e o valor que estaria sendo pago é defasado. Isto é, a Secretaria de Saúde estaria escolhendo sem nenhum critério quem recebe e quem não recebe essa gratificação, mesmo quando os trabalhadores estão exercendo a mesma função.
Diante de tudo o que foi exposto, Kitty Lima tentou intermediar uma reunião com a secretária da Saúde de Aracaju, Waneska Barbosa, sem sucesso. “Isso é o que me deixa mais indignada, não conseguir marcar um horário com um gestor público para levar um problema tão grave como este relacionado a pasta. Não sei vocês, colegas vereadores, mas eu não consigo de jeito nenhum falar com a secretária, uma situação bem delicada”, lamenta.
Em assembleia realizada esta semana, a categoria decidiu pela paralisação por tempo indeterminado das atividades como forma de protesto até que as reivindicações sejam atendidas. “Eles só encontraram essa forma para ver se assim a secretária da Saúde os recebe para um diálogo sobre toda essa problemática. Eu estarei acompanhando essa situação e me solidarizo com esses profissionais que estão apenas em busca de melhores condições de trabalho, brigando por algo justo, e por isso eles têm o meu total apoio”, reforçou Kitty.
Por Felipe Maceió