“Estou pronto, me sinto mais preparado para disputar o governo de Sergipe, em 2018”, garantiu o senador Eduardo Amorim (PSC) em entrevista ao radialista Marcos Aurélio, no programa Liberdade sem Censura na manhã desta segunda-feira (28).
A resposta foi ao questionamento sobre quem será o candidato do bloco que faz oposição ao agrupamento liderado pelo governador Jackson Barreto (PMDB). Em recente entrevista, o também integrante do PSC, deputado federal André Moura, fez críticas ao marketing e ao estilo adotado por Eduardo na campanha de 2014.
Questionado sobre a declaração de Francisco Gualberto, que o seu agrupamento, junto com o do senador Valadares, queriam ganhar a eleição da prefeitura de Aracaju, “para tomar de assalto o governo do Estado em 2018”, Eduardo Amorim foi contundente, “Gualberto, pare de mentir”, disse indignado. Outra pergunta feita pelo radialista Marcos Aurélio, foi a respeito do compromisso que o senador Valadares teria feito, que não seria mais candidato na eleição de 2018. “Nós não somos de impor nada, e não vamos impor. Conversamos sim com o senador Valadares, mas não podemos impor nada”, limitou-se a dizer Eduardo.
Eduardo fez críticas aos modelos das políticas públicas aplicadas pelo atual governador Jackson Barreto, em especial nas áreas de segurança, saúde e educação. “Eu avisei antes de 2014 que Sergipe iria se tornar inviável com os empréstimos que foram tomados. Hoje no Brasil o cidadão pode conviver com três crises, da União, dos Estados e dos Municípios. Aqui, infelizmente temos no Estado, as duas crises, e estamos caminhando para nos tornarmos um Rio Grande do Sul, e logo, logo, um Rio de Janeiro”. Ao falar sobre suas ideias para solucionar tais problemas, Amorim sugeriu, como forma de solucionar as questões da segurança, o controle das fronteiras do Estado.
Ao finalizar a entrevista, Marcos Aurélio fez um apelo ao senador para que ele começasse a discutir as questões graves que afligem os brasileiros. “Senador, a legislação penal precisa efetivamente punir os bandidos, não dá pra polícia prender um criminoso, e a justiça, através das brechas na lei, colocar esse elemento em liberdade”, e outra situação escandalosa que ocorre nas licitações realizadas pelos Órgãos públicos, “Empresas, muitas delas existentes apenas no papel, cujo escritório é numa ‘lan-house’, participarem de licitações mergulhando nos preços pra ganhar as concorrências e depois negociarem com quem de fato tem condições de executar as obras ou serviços”. O senador se comprometeu em levar essa discussão para o Senado.
Marcos Aurélio também pediu ao senador para que do mesmo modo que mudasse a legislação para que esses “empresários” sejam penalizados, que os gestores públicos que não cumpram com a sua parte nos contratos, também sejam responsabilizados. “Não dá pra uma empresa cumprir sua parte, executando a obra, ou serviço, e tenham que aguardar cinco, seis ou mais meses para receberem o dinheiro que lhes pertencem”.