O combate ao Aedes aegypti é prioridade para a gestão municipal, garante a secretária da Saúde de Aracaju, Waneska Barbosa, ao destacar a criação do Plano de Intensificação das ações de combate ao mosquito, no dia 28 de junho, a comando do prefeito Edvaldo Nogueira. Após diversas reuniões com todos os secretários municipais, a Prefeitura de Aracaju traçou uma série de ações para prevenir e controlar processos epidêmicos e evitar a ocorrência de complicações e óbitos derivados de doenças transmitidas pelo mosquito.
“O prefeito foi enfático ao determinar a criação desse plano de ações articuladas entre todas as secretarias, mesmo a Capital não estando entre as cidades brasileiras com risco de epidemia de doenças como dengue, zika e chikungunya. Mas é importante destacar que essa força-tarefa apenas reforça as atividades preventivas que já eram realizadas diariamente durante todo o ano, pois, como sempre deixamos claro desde o início desta gestão, o combate ao Aedes é uma das nossas maiores prioridades”, garantiu Waneska Barboza.
A secretária também alerta que ainda há muita desinformação quando se trata dos dados do mosquito e das doenças relacionadas a ele. “Falar de infestação do mosquito é totalmente diferente de falar de incidência das doenças relacionadas a ele. Aracaju foi classificada como médio risco para a infestação do mosquito durante o último Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa). Ou seja, médio risco para a presença do inseto na cidade. É importante esclarecer isso, pois muita gente tenta desqualificar a gestão, questionando a veracidade desse registro em detrimento dos óbitos já registrados”, explicou.
Outro dado que precisa ser esclarecido é sobre o risco de epidemia de dengue em Aracaju. Após o último levantamento epidemiológico, de 1º de janeiro a 20 de julho deste ano, foram registrados cerca de 500 casos confirmados de dengue na Capital sergipana. Desta forma, de acordo com o cálculo científico da Organização Mundial de Saúde, Aracaju foi classificada como baixa incidência (77,04) para epidemia de dengue, levando-se em consideração os 648.939 habitantes da cidade em 2019.
“Por isso é importante que fique claro que cada óbito depende da condição clínica do paciente, do vírus que está circulando no momento e do atendimento adequado desse paciente, pois a demora na identificação dos sinais de alarme pelos familiares e pelo próprio doente é uma condição que pode levar ao óbito ou evitá-lo”, esclareceu Waneska.
Dados das Ações
Dados atualizados da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) mostram que, somente de janeiro a junho deste ano, quando ainda não estava em execução o Plano de Intensificação, a Prefeitura já havia realizado 14 mutirões de combate ao Aedes; visitado 428.927 domicílios; coletado mais de 29 mil pneus; limpado 11.454 terrenos baldios e realizado 37.744 trabalhos no comércio da cidade.
Essas ações, que já vinham sendo constantemente realizadas, fizeram com que neste ano, enquanto outras partes do Brasil já estivessem vivendo uma epidemia, Aracaju estivesse afastada desse risco. “E foi esse trabalho que permitiu que a transmissão da doença fosse contida justamente no período em que ela é mais perigosa, nos primeiros quatro meses do ano”, reforçou a secretária.
Plano de Intensificação
O Plano de Intensificação das Ações de Combate ao mosquito Aedes aegypti estabelece cerca de 20 diretrizes. Entre elas estão:
– Designação de duas equipes de agentes durante a noite, das 19h às 22h, para visitar casas que estavam fechadas durante o dia;
– Visitação de todas as escolas para eliminação dos focos;
– Trabalho de campo diário e mutirões todos os sábados (até agora já foram realizados nos bairros Japãozinho, Santa Maria, Olaria, José Conrado de Araújo e Santo Antônio);
– Aplicação do fumacê costal nos bairros onde houve confirmações das doenças;
– Realização do Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) a cada dois meses, como recomendado pelo Ministério da Saúde;
– Realização de mutirões de limpeza diariamente;
– Monitoramento quinzenal estratégico dos pontos de proliferação identificados durante as visitas dos agentes de combate às endemias.
Fonte: AAN