Mais uma vez o Sindipema (Sindicato dos Profissionais do Ensino do Município de Aracaju) enviou à Câmara Municipal de Aracaju (CMA) um ofício solicitando apoio para a elaboração de um projeto de lei que institua o pagamento do reajuste de 6,81% do Piso Nacional do Magistério, conforme determinação do Ministério da Educação (MEC), e a abertura da negociação de 2017, no percentual de 7,64%.
O vereador Isac Silveira (PCdoB) utilizou a tribuna, durante o Pequeno Expediente, e insistiu na questão do reajuste do piso dos professores e também lembrou das várias solicitações da classe, desde o ano passado. “Nós já fizemos por diversas vezes alguns questionamentos ao secretário de finanças, Jeferson Passos, a secretária da Educação Cecília Leite, e ao prefeito Edvaldo Nogueira, sobre a necessidade do cumprimento da lei do piso, e do percentual previsto. Os professores já tiveram a coerência de suportar o ano anterior sem o reajuste do piso. Negociaram, fizeram a grave, recuaram da greve e entenderam o momento. Agora eu quero aqui solicitar o prefeito Edvaldo nogueira, que entenda que essa reivindicação é justa”, disse o vereador.
O parlamentar levantou alguns questionamentos em relação a discussão de direitos. “Porque é que nós temos o costume de questionar, de avaliar se é possível, ou não, conceder aquilo que está previsto na lei?”, perguntou Isac, que continuou usando a lei do IPTU como exemplo. “A lei que exige o pagamento do IPTU, não somos obrigados a pagar? Caso a gente não pague, podemos ter uma punição. Então por que é que a gente tem que conversar se é possível, ou não, pagar o piso estabelecido por lei?”, indagou o parlamentar.
Indignado com a situação Isac afirmou seu compromisso com os trabalhadores. “Me impressiona e me deixa muito assustado, que em pleno século 21, ainda estejamos discutindo se um professor deve receber o piso. É preciso ajustar a máquina, cortar o que é de excesso, mas é preciso garantir que todas categorias tenham os seus reajustes”, falou o vereador.
O parlamentar finalizou o seu discurso lembrou os vereadores presentes sobre as campanhas políticas. “Eu tenho certeza que nós, deste parlamento, sabemos diferenciar oposição, situação e, sobretudo, o que é ser coerente, com a sua história de vida, com aquilo que pregamos na campanha enquanto candidatos a vereadores. Eu tenho certeza que nenhum dos vereadores aqui disse na campanha que não seriam a favor do reajuste dos professores. Agora chegou a nossa vez, de dizermos de que lado estamos nesse parlamento”.
Por Bruna Cury