Até esse domingo (6), Sergipe apresentou 45,9% no índice de isolamento social, o que representa o terceiro pior índice do país e o primeiro do Nordeste. É o que mostra estudo divulgado pelo portal “Mapa Brasileiro da Covid-19”, da empresa Inloco, atualizado todos os dias e que mostra o percentual da população que está respeitando a recomendação de isolamento. O Mapa do Coronavírus existe para auxiliar as autoridades a direcionarem os recursos de segurança pública, comunicação e saúde.
Com mais pessoas nas ruas – e muitas delas desrespeitando as simples diretrizes de biossegurança, como usar máscaras de proteção facial ou evitar aglomerações -, o vírus voltou a apresentar índices de contaminação altíssimos no Estado nas últimas semanas.
O número mais expressivo aconteceu entre 3 e 5 de dezembro, quando 2.597 pessoas testaram positivo, fato que já prova certos questionamentos sobre as medidas de flexibilização adotadas pelo Governo nos últimos meses.
Desde março de 2020, o vírus já provocou a morte de 2.333 sergipanos e infectou mais de 94 mil. Mesmo diante dos números expressivos de contaminações e óbitos, as pessoas ainda não compreenderam que estão vivem em pandemia e que é preciso seguir as orientações das autoridades sanitárias, como explica a infectologista Fabrízia Tavares.
“Precisamos ter o entendimento de que não estamos voltando ao nosso antigo normal, como temos ouvido falar, mas ao novo normal, que é essa mudança de postura e de entendimento de que essas medidas de prevenção, de higiene, de distanciamento, de cautela vão perdurar ainda por muito tempo. Portanto, ainda é preciso cuidado com os grupos de risco, não sair de casa desnecessariamente. Isso tudo continua”, enfatiza Fabrízia.
E continua: “Vemos pessoas indo à praia, passeando pelos calçadões da cidade, inclusive, levando idosos e crianças como se tudo estivesse tranquilo e a pandemia já estivesse acabado. Se não mantivermos as medidas de prevenção, teremos, novamente, o aumento do número de novos casos, de óbitos e sobrecarga do sistema de saúde, iremos retornar às medidas mais restritivas. Portanto, que as pessoas saibam compreender essa flexibilização da economia e que façam uso com inteligência e, sobretudo, prudência”, frisa a infectologista.
Fonte: AJN1