Estudantes e professoras orientadoras de dois projetos escolares foram selecionados para representar Sergipe na 3ª Mostra Nacional de Feiras de Ciências, a qual ocorrerá em novembro deste ano e é organizada pela Universidade Federal Rural do SemiÁrido, em Brasília. Sergipe será representado pelo Colégio Estadual Dr. Antônio Garcia Filho, com o projeto “Forno Solar de Umbaúba”; e pelo Centro de Excelência Dom Juvêncio de Britto (Canindé de São Francisco), por meio do projeto “Lactaneja – Bebida Láctea Sertaneja”.
O evento reunirá os 40 projetos científicos da Educação Básica de cada um dos 27 estados brasileiros, indicados por feiras fomentadas pelos editais de feiras de ciências que tenham sido realizadas nos anos de 2020, 2021 e 2022 para participar da 3ª Mostra Nacional de Feiras de Ciências, concomitantemente com o evento do Mês da Ciência e Tecnologia do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, em Brasília.
O projeto “Forno Solar de Umbaúba” é orientado pela professora Darcylaine Martins e trata do estudo de viabilidade de construção e utilização de forno solar tipo caixa a ser utilizado por famílias do município de Umbaúba/SE. “É uma alternativa no preparo de alimentos com menos impactos ambientais e com menos perigo de acidentes. A busca pela fabricação do forno solar surge da preocupação com o meio ambiente por conta da queima da lenha e com o crescente aumento de queimaduras por álcool em Sergipe durante a pandemia, ambos combustíveis usados para a cocção de alimentos como consequência do aumento no preço do gás”, explicou.
O trabalho foi iniciado a partir da turma de Iniciação Científica, que durante a pandemia buscou solucionar um problema identificado na comunidade onde residem. Por isso a escolha de um forno solar com a possibilidade de diminuir o uso do álcool ou de lenha pelas famílias com dificuldade financeira para adquirir um botijão de gás. O protótipo foi construído a partir de uma caixa de madeira revestida de papel alumínio e um forno à base de energia solar.
De Canindé de São Francisco, o projeto “Lactaneja – Bebida Láctea Sertaneja” foi desenvolvido sob a orientação da professora Lark Soany. A iniciativa resulta em uma bebida nutritiva à base da reutilização do soro de leite com vitaminas frutíferas cultivadas no perímetro irrigado do município, a acerola e a goiaba; além de frutas muito presentes na caatinga, o umbu e a palma. “Nós criamos a bebida láctea a partir desses quatro sabores visando ao combate a desnutrição, porque a ideia é que ela tenha a maior quantidade de nutrientes possíveis. Estamos muito felizes por representar Sergipe A estudante Anne Gabriela de Freitas Almeida está na 3ª série do Ensino Médio em Tempo Integral, no Centro de Excelência Dom Juvêncio de Britto. Ela é uma das estudantes responsáveis pela bebida láctea. Segundo essa aluna, a emoção de ter o seu projeto de responsabilidade social escolhido entre diversos outros é imensurável. “O nosso IDH é baixo, então pensamos em criar uma bebida que diminuísse o índice de subnutrição. O projeto ainda está em fase de testes, mas nossa ideia principal é comercializar, já que o custo de produção fica em R$ 0,50 para cada 200ml, o que torna bastante acessível. É muito importante defender a educação e a ciência porque estas fazem parte do nosso dia a dia; e o Ensino Integral fez isso ser inserido na minha vida porque hoje sou uma aluna que gosta de desenvolver projetos. A estudante Anne do Ensino Fundamental nunca imaginou que estaria desenvolvendo um projeto com tanto reconhecimento. São sentimentos únicos que estamos construindo aqui”, concluiu.
Assessoria de Comunicação da SEDUC