
Foco principal esta no estímulo sensorial e na busca pela interação entre as crianças e os pais
Na tarde da última segunda-feira, 05, foi realizada a primeira experiência do projeto “Pés na Areia”, com crianças de 8 meses a 11 anos de idade, com os mais variados diagnósticos, como por exemplo, paralisia cerebral, autismo e síndrome de Down. A visita à praia é o elemento fundamental no estímulo sensorial e de busca pela interação entre as crianças e os pais, que participam do projeto, desenvolvido por profissionais do Centro de Reabilitação Maria Virgínia Leite Franco, unidade especializada que atende servidores públicos e seus dependentes.
“Aqui, nós estamos saindo daquele conceito tradicional de reabilitação num consultório ou ambulatório. Para essas crianças, os estímulos sensoriais que experimentam podem ser elementos extremamente importantes para a evolução no tratamento”, ressalta a coordenadora do Centro de Reabilitação, Márcia Fonseca, que participou ativamente de toda a programação que envolveu 13 crianças.
Para o casal Rogério Oliveira e Luciana Souza, pais de Rian, que nasceu com paralisia cerebral, toda esta experiência proporcionou um grande aprendizado. “Ele ficou empolgadíssimo com o ambiente, o estímulo do vento, do contato com a areia e o banho de mar, tendo reações e expressões que não víamos no cotidiano. Ele reagiu muito bem e eu espero que esse seja a primeira de muitas experiências na praia já que nós, os pais, também aprendemos muito com isso”, destacou Luciana. “Certamente, não precisaremos dar medicação para ele dormir, como fazemos todos os dias”, sintetizou.
Supervisionando e orientando toda a condução da experiência, as profissionais do centro destacaram reações que demonstram a eficácia da iniciativa. “Crianças que não andavam no ambiente ambulatorial hoje conseguiram engatinhar, reagiram positivamente ao estímulo de outras crianças e o nível de motivação dos pais aumentou significativamente. Era justamente isso que esperávamos”, afirmou a terapeuta ocupacional Kamilla Reis, uma das idealizadoras do projeto no âmbito do Ipesaúde.
De forma semelhante, a fisioterapeuta Danielle Louise, também responsável pela concepção do projeto, enumerou os benefícios dos estímulos proporcionados. “Algumas crianças não reagiam bem ao ambiente usual da Fisioterapia. Aqui, a reação foi outra. Elas acompanhavam o movimento de outras crianças, estavam motivadas a buscar outros exercícios de equilíbrio, desenvolvimento neuromotor sempre aproveitando o contato com a água, pisando na areia e desfrutando do que todo esse contato com a natureza pode proporcionar, sempre, logicamente, respeitando os seus limites e as suas necessidades específicas. Neste primeiro momento, eles não foram submetidos a uma rotina determinada e, sim, foram estimulados a explorar e desfrutar dessa nova experiência, e o resultado está sendo excepcional”, destaca a profissional.
Acompanharam a experiência a diretora de Promoção à Saúde, Taciana Carvalho, a coordenadora de Comunicação, Paola Santana, dentre outros integrantes da administração do Ipesaúde.
Fonte: Ascom/SES