A Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Educação (Semed), deu início nesta terça-feira, 21, à aplicação das provas da primeira Avaliação Diagnóstica do ano letivo de 2023. Conhecida como a avaliação de entrada, já que outras duas serão aplicadas ao longo do ano letivo – a de percurso e a de saída -, esta prova será aplicada também na quinta-feira, dia 23, e contempla todos os alunos das turmas do 2º ao 9º ano das escolas municipais de ensino fundamental (Emefs) com o objetivo de levantar dados sobre o desempenho desses estudantes nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática.
Desde o ano passado, a gestão municipal tem elaborado e aplicado a prova com o intuito de identificar as principais deficiências dos alunos da rede municipal de ensino, principalmente após o período da pandemia. A partir dos dados coletados, a Semed, junto aos gestores escolares e docentes de cada unidade de ensino, traça estratégias e intervenções pedagógicas para alavancar o desempenho escolar de cada estudante, como explica o secretário da Educação de Aracaju, Ricardo Abreu.
“Essas avaliações se tornaram a espinha dorsal de todo o zer pedagógico da Semed, para que possamos tomar decisões e implementar políticas públicas de educação baseadas em dados reais. Se eu pudesse resumir a Avaliação Diagnóstica em uma frase seria a possibilidade da construção de uma gestão educacional por evidências, pois ela nos permite acompanhar em tempo real a evolução da aprendizagem desses estudantes ao longo do ano letivo. Neste ano, assim como ocorreu em 2022, vamos aplicar três avaliações diagnósticas, uma de entrada, que é essa que está sendo realizada agora, uma de percurso e outra de saída. Esta semana, cerca de 18 mil alunos estão sendo avaliados em Língua Portuguesa e Matemática em nossas escolas”, detalha o gestor.
De acordo com o diretor da Emef Anísio Teixeira, localizada no bairro Atalaia, mais de 680 alunos da unidade, em 24 turmas, começaram a realizar a prova nesta terça-feira. Segundo ele, essa é uma prova que já demonstrou resultados positivos para os alunos e para a educação do município.
“Esse é um procedimento avaliativo que veio para ficar, que vai ajudar os professores, a coordenação pedagógica e a direção a ter subsídios para saber em que grau de aprendizado o aluno se encontra, para que, com isso, a escola possa fazer intervenções mais cirúrgicas a fim de alavancar o aprendizado dos alunos. Este ano é de aplicação da Prova Brasil, então, além desta prova, todos os resultados das avaliações realizadas no ano de 2022 servirão de aporte para a correção, aprimoramento e melhoria dos nossos níveis de ensino. A Avaliação Diagnóstica é uma ação apoiada e aprovada pelos pais e responsáveis pelos alunos, pois cada um desses estudantes têm um relatório que indica em qual nível e situação se encontram, uma iniciativa positiva apoiada pelos pais”, contou.
A coordenadora pedagógica da Emef Anísio Teixeira, Débora Deda, avalia de maneira positiva a aplicação da Avaliação Diagnóstica, um instrumento que, conforme reconhece, tem auxiliado professores, coordenadores, diretores e toda a gestão da educação no município. Para ela, a prova “é muito importante” para identificar as necessidades dos alunos após os dois anos de pandemia.
“Tem crianças que ainda estão em atraso em relação à alfabetização, ao domínio da leitura, da escrita e da matemática. Através da avaliação, podemos identificar as necessidades dessas crianças para que possamos fazer um trabalho focado nisso e analisar quais estratégias podemos adotar para poder melhorar esse processo de aprendizagem. Desde o ano passado começamos a direcionar aulas de reforço; contratamos estagiários para dar suporte aos professores; além do EducAju, uma ferramenta de apoio para o ensino da Língua Portuguesa e Matemática para tentar recuperar nosso atraso provocado pela pandemia”, detalhou.
Fonte: AAN