A nadadora Carol Santiago conquistou, nesta segunda-feira (2), a medalha de ouro nos 50m livre da classe S13 e se tornou a brasileira com mais ouros na história dos Jogos Paralímpicos.
A pernambucana terminou a prova, destinada a atletas com deficiência visual, com o tempo de 26s75 e chegou à sua 2ª medalha dourada em Paris 2024.
A americana Gia Pergoline foi prata, com 27s51, e a italiana Carlotta Gilli, bronze, com 27s60.
“Eu entreguei tudo o que eu tinha naquela piscina. Eu deixei tudo lá, dei meu suor”, disse Carol Santiago. “Essa é a minha prova favorita. A gente estava bem preparado, porque eu fiquei muito nervosa antes de a gente entrar aqui e eu só queria fazer minha melhor natação. Eu acho que eu nadei muito bem. Poucas vezes eu consegui nadar nesse nível assim e eu estou muito feliz, muito satisfeita”.
Carol agora detém sete medalhas nas Paralimpíadas, sendo cinco ouros, uma prata e um bronze. A brasileira ainda luta por mais três medalhas em provas individuais nos 200m medley S13 no dia 3, 100m livre S12 no dia 4 e 100m peito SB12 no dia 5.
Além disso, ela tenta a medalha por equipe no revezamento 4x10m livre misto – 49 pontos, no dia 4.
Com a conquista do quinto ouro, Carol Santiago deixou para trás a velocista Ádria dos Santos, com 13 medalhas conquistadas entre 1988 e 2008, sendo quatro ouros entre 1992 e 2004.
Gabrielzinho
Gabriel Araujo, o Gabrielzinho, conquistou mais uma medalha de ouro na natação para o Brasil na Paralimpíada de Paris. Desta vez, o mineiro de 22 anos de idade venceu a prova dos 200m livre da classe S2 (limitações físico-motoras) e chegou ao topo do pódio pela terceira vez nesta edição.
O brasileiro concluiu a prova com o tempo de 3min58s92, recorde das Américas. A prata ficou com o Vladmir Danilenko (Atletas Neutros Individuais), que levou 4min14s16 para terminar, e a conquista do bronze foi do chileno Alberto Caroly Abarza Diaz, que bateu 4min22s18.
Gabrielzinho já conquistou, nos Jogos de Paris, ouro nas provas de 100m e 50m costas na classe S2. Ele é bicampeão paralímpico nos 200m livre e nos 50m costas. Além dessas duas, ele ainda levou mais uma medalha de prata nos Jogos de Tóquio 2020: nos 100m costas. No total, são seis medalhas em duas edições.
Gabriel tem focomelia, doença congênita (tem desde o nascimento) que impede a formação normal de braços e pernas, e conheceu a natação por meio de um professor de educação física da escola em que estudava, nos Jogos Escolares de Minas Gerais (JEMG).
Fonte: CNN Brasil