O Novo Ensino Médio começa a ser implementado este ano de 2022. De início, sua previsão estava marcada para o ano passado, mas em razão da pandemia da Covid-19 o prazo teve de ser estendido. O novo modelo foi aprovado em 2017, na Lei 13.415/2017, e tem como objetivo tornar esta etapa de ensino mais atrativa e assim evitar o abandono escolar. “Havia desde os anos 1990 uma sensação e clareza da falta de conexão entre ensino médio e o que os jovens esperavam. Uma total falta de atratividade”, disse a presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Maria Helena Guimarães de Castro.
De acordo com a Lei, o currículo será composto pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), ou seja, nenhuma disciplina será excluída, e itinerários formativos. Esses itinerários deverão ser organizados por diferentes arranjos curriculares:
– Linguagens e suas tecnologias;
– Matemática e suas tecnologias;
– Ciências da natureza e suas tecnologias;
– Ciências humanas e sociais aplicadas e
– Formação técnica e profissional.
A disponibilidade dos itinerários será de acordo com a relevância para o contexto local e a possibilidade dos sistemas de ensino. O novo modelo se assemelha ao formato do próprio Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) aplicado anualmente como ingresso no Ensino Superior.
A implementação em 2022 acontecerá de forma progressiva, começando pelo 1º ano do ensino médio. Em 2023, a implementação segue, com os 1ª e 2ª anos e, em 2024, o ciclo de implementação termina, com os três anos do ensino médio.
Como funcionará
Parte das aulas será comum a todos os estudantes do país. Na outra, os próprios alunos poderão escolher um itinerário para aprofundar o aprendizado. Eles poderão escolher dar ênfase, por exemplo, às áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou ao ensino técnico. Como dito, a oferta dos itinerários vai depender da capacidade de oferta das redes de ensino e das escolas. Isso está indicado nos referenciais curriculares estaduais.
O chamado novo ensino médio pretende aproximar os conhecimentos aprendidos em sala de aula com a realidade dos estudantes e permitir que eles escolham áreas de estudo com as quais tenham mais afinidade. Para isso, a formação tem uma parte do currículo comum e outra direcionada a uma área técnica, escolhida pelo aluno, com ênfase em linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou ensino técnico.
Ao longo dos três anos de curso, os estudantes recebem até 1.800 horas de aulas dedicadas à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e pelo menos mais 1.200 horas dedicadas aos programas de formação de livre escolha.
Por Redação AJN1, com informações Agência Brasil