A deputada estadual Kitty Lima (Cidadania/SE) reagiu com firmeza às recentes ameaças feitas por indivíduos que se identificam como carroceiros e que têm anunciado manifestações violentas contra o projeto de lei que será votado em Brasília na próxima semana, prevendo o fim do uso de animais em veículos de tração em todo o país.
“Não aceitarei calada nenhuma forma de intimidação. A luta que travamos é por justiça, dignidade e proteção da vida. E nenhum tipo de ameaça vai me afastar desse compromisso”, afirmou a parlamentar, em discurso feito no plenário da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese).
Kitty ressaltou que o Projeto de Lei 752/2023, em tramitação na Câmara dos Deputados e apensado ao PL 347/2003, define de forma clara o que é maus-tratos, aumenta as penas e proíbe o uso de animais em veículos de tração, mas que não propõe o abandono de trabalhadores. Segundo ela, o desafio é justamente garantir que essa mudança aconteça com planejamento e inclusão social.
“Sou a única parlamentar do estado que já apresentou propostas concretas para garantir justiça social quando essas leis forem aprovadas em Brasília. Há anos defendo a criação de programas de capacitação, alternativas de renda e apoio social para as famílias que hoje dependem da tração animal para sobreviver”, destacou.
A deputada também criticou a disseminação de fake news que tentam associar sua atuação a uma perseguição aos carroceiros:
“Minha luta nunca foi contra os trabalhadores. É contra a dor, a exploração e o ciclo de miséria que prende pessoas e animais na mesma carroça.”
Kitty lembrou ainda que o cadastro dos carroceiros, passo fundamental para viabilizar uma transição justa, só está sendo realizado em Aracaju graças à sua cobrança direta ao município.
“Se hoje esse levantamento começou a sair do papel é porque cobramos, lutamos e seguimos vigilantes. Esse é o caminho: dados, planejamento e responsabilidade.”
A parlamentar reafirmou que seguirá defendendo a pauta com coragem, ressaltando que o fim da tração animal é uma tendência nacional e inevitável, mas que pode e deve acontecer com dignidade para todos os envolvidos.
Por Marcelle Eloy – Assessoria Kitty Lima