O auditório da Didática VI do Campus da Universidade Federal de Sergipe, em São Cristóvão, ficou pequeno para a grande quantidade de estudantes do curso de Serviço Social que participou da Mesa Redonda “Piso Salarial de Assistentes Sociais em Discussão”, promovida pela coordenação do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da UFS (Pross/UFS).
A mesa contou com as participações do professor e deputado estadual Iran Barbosa (Psol); do professor doutor Paulo Félix (DSS/UFS); da professora doutora Albany Mendonça (DSS/UFRB); de Itanamara Guedes (Fetam/SE); de Aloísio Júnior (Cress/SE); e de Ygor Machado (Sindasse).
Em sua fala, Iran Barbosa focou exatamente no conteúdo do Projeto de Lei nº 288/2019, de sua autoria, que tramita na Assembleia Legislativa e busca estabelecer o piso salarial de Assistentes Sociais no âmbito do estado de Sergipe. A proposta também tem sido dialogada com o Poder Executivo para tentar facilitar a sua aprovação e sanção.
“Vamos buscar todos os caminhos para essa aprovação, porque não se pode mais aceitar o nível de desvalorização que é imposta aos assistentes sociais em Sergipe. E isso vai depender muito, também, da organização e da luta da categoria, através das suas entidades de classe, o que já vem sendo feito, quer seja pelo sindicato, pelo Conselho Regional, pela Fetam e por outras representações que têm atuado fortemente para ver esse projeto aprovado”, destacou o parlamentar.
Iran lembrou, ainda, que a luta dos assistentes sociais por uma referência mínima salarial digna para que possam atuar assemelha-se bastante à luta que os professores travaram, anos atrás, pela aprovação do Piso Salarial Profissional Nacional para os profissionais do Magistério da Educação Básica.
“À época eu era deputado federal e fiquei conhecido como o Deputado do Piso, porque tive o privilégio de, como parlamentar, poder interferir no Projeto de Lei para melhor a proposta encaminhada pelo governo do então presidente Lula. Isso foi em 2008, e já lutávamos pelo piso da nossa categoria há 20 anos. Então vocês podem ter uma ideia de como foi difícil e ainda hoje é, porque agora a luta é para que os gestores cumpram a lei, o que não vem acontecendo, porque o que estão fazendo é transformar o que é piso em teto salarial e desmontando as carreiras dos profissionais do Magistério”, apontou.
Por George W. Silva