Com o menor índice de resíduos sólidos por metro quadrado, as praias de Sergipe são consideradas as mais limpas de todo o Brasil, segundo a Expedição Ondas Limpas, pesquisa realizada pela organização Sea Shepherd Brasil, em parceria com o Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP). O desempenho positivo tem contribuição direta da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), responsável por operar a infraestrutura de esgotamento sanitário do estado.
Isso porque a qualidade da água depende do acesso aos serviços de saneamento básico. Uma vez que a região litorânea apresenta o atendimento adequado dos serviços de esgotamento sanitário, as condições de balneabilidade da água isentam possíveis riscos sanitários. Sem o devido tratamento, os efluentes, conhecidos popularmente como esgoto, encaminhados a corpos hídricos podem disseminar doenças e prejudicar a biodiversidade.
“A Deso presta o serviço de coleta, transporte e tratamento de esgoto doméstico. Ao ser conduzido através de rede coletora de esgoto para uma estação de tratamento, o efluente bruto passa por processos físicos, químicos e biológicos”, detalhou a coordenadora de Tratamento de Esgoto da Deso, Harali Brasil da Silva Gomes. Assim, conforme explicou ela, as impurezas são removidas e degradadas, e o efluente tratado apresenta condições de ser despejado em um corpo receptor.
Os procedimentos sanitários adotados pela empresa obedecem às determinações legais exigidas pela Resolução 430/2011 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que dispõe sobre condições, parâmetros, padrões e diretrizes para gestão do lançamento de efluentes em corpos d’água receptores, como rios. Além disso, a companhia monitora de forma contínua a qualidade do material tratado, por meio do Laboratório de Análises de Água Residuárias (LAAR), com o objetivo de assegurar a sustentabilidade ambiental e a preservação dos recursos hídricos.
Turismo e lazer
O esgotamento sanitário promovido pela Deso tem papel significativo para a saúde e bem-estar de banhistas de Sergipe e de turistas. Sem o devido tratamento, o contato com a água contaminada por efluentes pode causar doenças como hepatite A, cólera e febre tifoide. Diante disso, Harali alertou para os perigos gerados pelas redes clandestinas de esgotamento. “Impactam de forma muito negativa a qualidade de vida e toda a biodiversidade, e provocam diversos prejuízos econômico-financeiros às atividades turísticas”, ressaltou ela.
Foto: Ascom Deso