O anúncio de fechamento de agências do Banco do Brasil no território nacional junto com o plano de demissão de 18 mil trabalhadores repercutiu negativamente na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (23). Em apoio ao pronunciamento do deputado Luciano Pimentel (PSB), contrário ao plano do banco, o líder da bancada governista, Francisco Gualberto (PT), disse que a população precisa reagir. “Não existe lógica administrativa nem econômica para essa decisão”, argumentou.
“Mas isso é só o começo do governo sem voto. Pelo andar da carruagem, em dois anos esse país estará destruído como aparelho de Estado. O modelo de Estado desenvolvido pela elite, e coordenado por Michel Temer, é o de Estado sem função social”, justificou Francisco Gualberto. “Não cabe ao Banco do Brasil, à Caixa Econômica Federal nem a Petrobras cumprir o papel que cumprem hoje no campo social. Esse não é o modelo de Estado que está em curso no Brasil”.
Segundo Gualberto, em breve a sociedade brasileira estará voltando ao período de miserabilidade que o país vivia até 2002. “Não vai demorar muito para encontrarmos na feira uma pessoa comprando e duas pedindo esmola, como era na época de Fernando Henrique Cardoso”, disse o deputado, chamando a sociedade para a resistência, em nome dos interesses populares e sociais.
No início desta semana o Banco do Brasil anunciou o fechamento de 402 agências, sendo cinco em Sergipe, a transformação de 379 delas em postos de atendimento e o encerramento de 31 Superintendências Regionais pelo país. No seu pronunciamento, o deputado Pimentel, que é ex-funcionário da Caixa, disse ainda que já ouviu rumores de que a CEF fechará 100 agências e demitirá cerca de 11 mil funcionários.
Assessoria de Imprensa