Na tarde desta quarta-feira, 26, foi realizada no auditório do Hospital Universitário (HU) uma reunião que discutiu o início da Fase IV do Programa de Triagem Neonatal. Participaram da reunião alguns profissionais da instituição, membros da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e representantes dos 75 municípios sergipanos.
A triagem começa com o teste do pezinho e tem como objetivo identificar precocemente as doenças para que, caso haja diagnóstico positivo, os bebês possam ser acompanhados e tratados, garantindo assim uma melhor qualidade de vida. Sergipe está habilitado para a Fase IV desde 2014, mas somente agora foi possível dar início aos trabalhos, após a compra de insumos e equipamentos. A partir de agora, mais dois exames para identificação de doenças passam a estar disponíveis no estado.
De acordo com Luciana Alves, coordenadora Estadual de Triagem Neonatal, a nova fase é um marco histórico para a saúde de Sergipe. “Com isso, nós não teremos mais triagens neonatais por fases, e sim um conjunto completo que vai identificar seis doenças que são a fenilcetonúria, hipotireoidismo, as hemoglobinopatias, fibrose cística, hiperplasia congênita, deficiência de biotinidase. E tudo isso representa um avanço para a saúde do estado”, disse a coordenadora.
A coordenadora destacou também que a SES está em uma parceira com o HU para que esse novo tipo de triagem seja colocado em prática. “Em todo o processo de implantação, a SES esteve presente para garantir a efetivação dessa nova fase. Com isso nós disponibilizamos um profissional endocrinologista pediátrico, enquanto o HU se responsabilizou pela compra de insumos e equipamentos que se consolidou através de uma licitação feita pela Ebserh”, enfatizou Luciana Alves.
Ela destacou também que a SES está desempenhando um papel muito importante com os municípios na conscientização e preparação para que o serviço seja realizado com o máximo de eficiência. “Hoje estamos tirando todas as dúvidas dos médicos e enfermeiros que estão nas Unidades Básicas de Saúde que vão captar as amostras das crianças para o teste do pezinho. Elas vão precisar entender essas patologias, por isso estamos trazendo esses representantes aqui hoje”, finalizou a coordenadora.
Para Ana Paula Lemos Vasconcelos, chefe da Divisão de Gestão de Cuidados do HU, quanto antes for feito o diagnóstico precoce das doenças, melhor o tratamento e uma possível cura. “Quando nós triamos essas patologias, nós estamos garantindo que elas demonstrem no organismo do paciente manifestações graves. Por isso é tão importante acompanhar e tratar essas crianças, para que possamos minimizar os efeitos ao longo das vidas delas” disse.
Já para Flávia Costa, coordenadora do Serviço de Referência e Triagem Neonatal do Hospital Universitário, com a implantação da Fase IV as mães e os bebês terão a garantia de prevenir e tratar as novas doenças. “Desde 1998 nós começamos a implantar esse cuidado de uma medicina preventiva da saúde dos nossos recém-nascidos, e desde 2001 se tornou um programa nacional. Hoje, com essa nova fase, nós estamos proporcionando a esses bebês uma qualidade de vida ainda melhor, com a oportunidade de termos, no futuro, cidadãos mais saudáveis”, explicou Flávia Costa.
Fonte: Ascom/SES