Ação tem o objetivo de oportunizar um momento de escuta sobre situações de racismo vivenciadas por estudantes
A Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc), por meio da Coordenação de Educação do Campo e Diversidade (Cecad), segue com as rodas de conversas sobre educação antirracista. Dessa vez, o encontro aconteceu no Colégio Estadual Quilombola 3 de Maio, localizado no povoado Brejão dos Negros, em Brejo Grande, na região do baixo São Francisco. A ação também contou com a participação de alunos do Colégio Estadual Professora Roberta Ramalho de Souza e do Colégio Estadual Otávio Bezerra, ambos de Japoatã, além do Colégio Estadual Professor Antonio Calixto de Figueiredo Cruz, de Ilha das Flores.
Com a temática ‘Discutindo o racismo no cotidiano escolar’, o objetivo da ação é instigar a discussão e ouvir o relato dos estudantes sobre situações de racismo que vivenciaram e/ou presenciaram, buscando formas de combate e a resistência. Durante a atividade, os alunos presentes puderam prestigiar a apresentação do poema ‘Gritaram-me negra’, de Victoria Santa Cruz, interpretado pela aluna Rebeca Mayara Matos e colegas do Colégio Otávio Bezerra, e a apresentação cultural intitulada ‘Pastoril escolar’, sob a orientação da professora Rosana Guedes da Silva, responsável pelo projeto ‘Memorial Brejão dos Negros’, desenvolvido no Colégio Quilombola 3 de Maio.
A roda de conversa foi mediada pela professora Flávia Santos, técnica do Cecad, que comentou sobre a iniciativa para discutir e combater o racismo no ambiente escolar. “A conversa ocorreu com estudantes da rede pública estadual de ensino, com os objetivos de trabalhar a educação das relações ético-raciais e encontrar formas de resistência ao racismo”, explicou.

De acordo com Flávia Santos, a roda de conversa abordou situações de racismo e discriminação sofridas na escola e na família. “Os participantes compartilharam suas experiências e sentimentos, o que ajudou a entender melhor o tema. A união é fundamental para combater o racismo e qualquer forma de discriminação”, complementou.
Maria Eduarda, 17 anos, aluna da 3ª série do Ensino Médio do Colégio Estadual Quilombola 3 de maio, falou sobre a relevância deste dia e enfatizou o quanto o aprendizado agregou na sua formação. “O ponto-chave foi o momento em que tratamos algumas expressões que são racistas, mas que utilizamos em nosso cotidiano sem saber que são racistas. Também penso que a participação de alunos de outras escolas agregou muito nessa atividade em que pensamos formas de combater o racismo na escola”, ressaltou.
Fotos: Cecad Seduc