Para Maria do Carmo Alves, pobres têm garantias constitucionais negadas, e alertou para urgência de ações
Quase metade da população sergipana está em condição de pobreza, com cerca de 48%. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), Sergipe ocupa o quinto lugar no ranking nacional. No Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, que ocorre nesta segunda-feira (17), a senadora Maria do Carmo Alves (PP-SE) revelou preocupação com os dados do Estado, ressaltando que é inadiável o planejamento e execução de medidas e ações estratégicas, concretas e eficazes, em trabalho conjunto envolvendo gestores municipais e o Governo do Estado. Segundo ela, não deve haver espaço para pobreza em uma democracia sadia.
“Os números de Sergipe acompanham a tendência nacional de crescimento da pobreza com a pandemia de Covid-19. Entre 2020 e 2021, houve uma alta de 42% no número de pessoas pobres na população brasileira, com quase 11% dos habitantes do País nessa condição. Isso é um retrato triste da nossa nação, que precisa colocar fim a essa mazela que atinge todo o mundo”, enfatizou Maria. A senadora da República lembrou que a pobreza nega o acesso à dignidade dos cidadãos, garantia prevista na Constituição, além de outros direitos sociais fundamentais, como alimentação e lazer.
Ela ressaltou, ainda, que a pobreza pode se manifestar de múltiplas maneiras: “não se resume à fome. Trata-se de uma condição na qual condições humanas básicas não podem ser atendidas, afetando, por exemplo, o acesso pleno à educação e saúde”. Além disso, a parlamentar explicou que a pobreza pode tomar a forma da exclusão e discriminação social, bem como da ausência de participação na tomada de decisões na vida pública. Por isso, ela defendeu que tolerar a pobreza é afrontar os princípios do Estado Democrático de Direito, que prevêem a igualdade de garantias entre seus habitantes.
POBREZA EXTREMA
Maria do Carmo Alves alertou, também, para o crescimento da pobreza extrema no Brasil durante a pandemia. Conforme levantamento da FGV, a região Nordeste foi onde se observou maior alta: no ano passado, cerca de 10% da população nordestina estava abaixo da linha da pobreza extrema. “As famílias nessa situação sobrevivem com renda mensal de até R$ 89. É uma realidade cruel, a qual jamais irei tolerar. São brasileiros que, todos os dias, têm seus direitos negados. Nosso trabalho no Senado Federal sempre olhou para os menos favorecidos, e continuará a fazê-lo, lutando para que todos, sem exceção, tenham suas garantias asseguradas”.
Por Assessoria de Imprensa