O Conselho Municipal de Saúde de Aracaju (CMS) e o Conselho Estadual de Saúde (CES) fizeram durante esta terça-feira, 31, uma reunião ampliada com os novos secretários municipais de Saúde, os coordenadores de Atenção Básica e os presidentes dos conselhos municipais de Saúde de Sergipe. O objetivo do encontro foi mostrar aos novos gestores e presidentes de conselhos o papel da atenção básica nos municípios. O encontro aconteceu no auditório da Fundação Estadual de Saúde (Funesa) e contou com a participação de gestores de cerca de 50 municípios sergipanos.
O secretário de Saúde de Aracaju, André Sotero, é também vice-presidente do Conselho Municipal de Saúde (CMS). Para ele, o funcionamento pleno do controle social auxilia na gestão porque o conselho é composto por representantes da sociedade que utilizam o Sistema Único de Saúde (SUS), ou seja, 50% são usuários, 25% são trabalhadores e 25% são gestores. “Deve existir uma parceria entre a gestão e o conselho de saúde. Não podemos avançar no SUS sem o apoio do controle social. Há quase 30 anos que eu trabalho com o SUS. Na minha gestão à frente da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a minha equipe foi escolhida através da avaliação de três processos: primeiro, o critério técnico; segundo, o amor ao SUS e o terceiro, a sensibilidade com as pessoas que usam este sistema único”, discursou o secretário da Capital.
Ele enfatizou que resolver os problemas da quimioterapia é uma das metas da atual gestão. “Outro problema importante que devemos solucionar é sobre quem vai pagar a conta do Cartão SUS de Aracaju. Porque a capital tem cerca de 650 mil habitantes, no entanto existem cadastrados no sistema dois milhões de cartões. Todos temos conhecimento que o SUS é universal não deve ser negado atendimento em nenhum lugar do território brasileiro, mas o repasse da verba é proporcional à população. Quem for atendido em Aracaju de outro estado ou outro município deve pagar a conta do procedimento utilizado. Não é justo que o povo aracajuano arque com todas as despesas”, explicou didaticamente André Sotero.
Para o conselheiro de Saúde de Aracaju e vice-presidente do Conselho Estadual de Saúde, Eduardo Ramos Gomes, esta reunião foi uma forma de integrar os conselhos municipais com os gestores e os conselheiros estaduais. “O melhor meio de fortalecer o SUS é unindo forças. Sabemos que um grande problema está na atenção primária, por isso reunimos estas quase 250 pessoas aqui para auxiliar no fortalecimento da atenção básica para poder diminuir os problemas causados aos hospitais como o HUSE, o Nestor Piva, o Fernando Franco e os hospitais regionais. A Comissão Intersetorial de Fiscalização de Estabelecimento de Saúde do CES fez uma visita ao HUSE e fez um relatório que apresentamos aqui. Muita coisa podia ser melhor lá se a atenção primária fosse realmente resolutiva”, disse o conselheiro. Para ele é necessário criar instrumentos de gestão para auxiliar o conselho e vice-versa. “Estamos pensando em criar dois conselhos nos dois hospitais municipais de Aracaju”, informou Eduardo.
Fonte: SMS