Indicado para bebês prematuros e com condições clínicas específicas, o Palivizumabe é um imunobiológico oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde
Profissionais da saúde de diversos municípios sergipanos participaram de mais uma edição da Webpalestra promovida pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Fundação Estadual de Saúde (Funesa) e do Telessaúde Sergipe. O encontro abordou o fluxo de distribuição e as indicações do Palivizumabe em Sergipe, reforçando a importância da prevenção da bronquiolite viral aguda em crianças menores de dois anos.
Indicado para bebês prematuros e com condições clínicas específicas, o Palivizumabe é um imunobiológico oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e tem papel fundamental na proteção contra o vírus sincicial respiratório (VSR), principal causador da bronquiolite. A iniciativa integra as estratégias do Governo de Sergipe para qualificar o cuidado pediátrico e reduzir complicações respiratórias graves entre recém-nascidos e lactentes.
De acordo com a médica pediatra e sanitarista Márcia Estela da Silva, que atua no Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), o imunizante representa uma importante barreira de proteção durante os períodos de maior circulação do VSR. “O Palivizumabe é um anticorpo que protege contra o vírus sincicial respiratório, causador da bronquiolite viral aguda, uma das principais causas de internação e morte de crianças menores de dois anos”, destaca.
A especialista também alertou sobre os sintomas e a rápida evolução da bronquiolite, especialmente no período de sazonalidade da doença. “Ela começa com sinais parecidos com os da gripe, como febre, tosse e coriza, mas pode evoluir rapidamente para um quadro de desconforto respiratório. Em muitos casos, é necessário internar a criança para cuidados com oxigênio e hidratação. Por isso, a prevenção é essencial, principalmente entre fevereiro e junho, quando há maior risco de contágio”, explica.
Além da imunização, a médica pediatra e sanitarista reforça a importância de medidas complementares para reduzir a circulação do vírus entre o público infantil. “É fundamental manter a higienização frequente das mãos, usar máscaras em ambientes hospitalares e evitar o contato de recém-nascidos com pessoas gripadas. Aleitamento materno, ventilação dos ambientes e evitar aglomerações também fazem toda a diferença na proteção dos nossos bebês”, acrescenta Márcia Estela.
Segundo a responsável técnica em Saúde da Criança e Aleitamento Materno da SES, Larissa Primo, o Palivizumabe é disponibilizado gratuitamente pelo SUS. “A medicação reduz em até 75% as chances de a criança desenvolver bronquiolite. É aplicada em cinco doses mensais durante o período de maior risco, sendo destinada a bebês prematuros com menos de 28 semanas, com doença respiratória crônica ou cardiopatia congênita”, detalha.
Fotos: Nucom Funesa