A vereadora Professora Sônia Meire (PSOL) utilizou a tribuna da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) na manhã desta quarta-feira, 4 de junho, durante o pequeno expediente, para comentar uma declaração da prefeita Emília Corrêa em entrevista sobre a contratação da empresa Renova para a coleta de lixo. A parlamentar reforçou que já havia alertado sobre a incapacidade da empresa para o serviço para a qual foi contratada.
“Sabe por que ela está colocando isso em público, porque nós já dizíamos, já dissemos desde o início, que a exigência feita para a empresa assume a coleta não foi só o pequeno valor, que não foi feita exigência para que as empresas concorrentes apresentem sua capacidade necessária para fazer a coleta de lixo em Aracaju. O preço, ele está ligado àquilo que é exigido quando se faz uma chamada pública. E quando nós fizemos uma denúncia e fomos até um debate da Emsurb, o argumento era que não dava para fazer para um contrato de seis meses”, falou a vereadora.
Sonia Meire disse ainda que a questão emergencial não pode ser desculpa para que não sejam cobradas exigências das empresas contratadas, que o dinheiro é público e que ele não pode ser repassado para uma empresa que não tem capacidade de cumprir a sua função, ainda mais atestada pela população da cidade. O recolhimento do lixo diz respeito diretamente a uma questão de saúde pública. A parlamentar também usou o seu tempo de tribuna para destacar que os vereadores vêm sendo criticados e atacados por outros vereadores.
“Existe vereador usando termos desqualificadores para falar de outros parlamentares. É inadmissível que um vereador da situação destrate nós todos quando fazemos uma crítica nesta tribuna, principalmente nós da oposição. Nós não temos acordo nenhum com a prefeita para nos calarmos, principalmente sobre as demandas que vêm sendo trazidas pela população. Não trazemos nada sem estudo, sem análise técnica e sem ouvir a população. Ao ouvir a população nós vamos ao local, identificamos os problemas, conversamos com os gestores, analisamos, denunciamos aqui e enviamos as indicações. Ter a maioria na Câmara não significa que serão silenciados diante os dados reais”.
Por Manuella Miranda