Problemas nas costas, dores cervicais e até alterações estruturais estão entre os impactos da má postura durante o uso de smartphones. Dr. Ewerton Caroso explica os riscos e como preveni-los.
Com a popularização dos smartphones e o aumento do tempo de tela, principalmente após a pandemia, cresce também o número de queixas relacionadas a dores na coluna e no pescoço. O hábito de inclinar a cabeça para visualizar o celular por longos períodos pode provocar sérios prejuízos à saúde musculoesquelética.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 80% da população mundial terá algum episódio de dor nas costas ao longo da vida. A dor na coluna é um problema comum no Brasil, afetando milhões de pessoas e sendo uma das principais causas de afastamento do trabalho. A prevalência da dor lombar, por exemplo, varia entre 59,9% e 62,6%. Além da dor lombar, outras condições como hérnia de disco e problemas posturais também contribuem para o desconforto.
Postura do “pescoço de texto”
A posição mais comum de quem utiliza o celular é com a cabeça inclinada para frente, fenômeno já conhecido na literatura científica como “text neck” (ou “pescoço de texto”). Estudos mostram que, a cada 15 graus de inclinação da cabeça, o peso sobre a coluna cervical aumenta significativamente.
“Em posição neutra, a cabeça humana pesa cerca de 5 kg. Quando inclinamos em 60 graus para olhar o celular, esse peso pode chegar a 27 kg de sobrecarga na região cervical”, explica o fisioterapeuta Dr. Ewerton Caroso, membro da Associação Brasileira de Reabilitação de Coluna e professor de pós-graduação em Osteopatia.
Essa sobrecarga excessiva, quando mantida diariamente, pode levar a dores musculares crônicas, hérnias de disco, compressões nervosas e alterações posturais irreversíveis, especialmente em jovens e adolescentes em fase de crescimento.
Dados alarmantes
• Pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra que 66% dos adolescentes brasileiros passam mais de 3 horas por dia no celular, grande parte do tempo em posição inclinada.
• Um estudo da Harvard Medical School identificou que 83% dos jovens entre 18 e 35 anos relatam dores nas costas associadas ao uso prolongado de dispositivos móveis.
• Segundo o IBGE, mais de 87% dos brasileiros usam o celular como principal meio de acesso à internet, muitas vezes sem consciência ergonômica adequada.
Quais os sintomas mais comuns?
Dr. Ewerton lista os principais sinais de alerta relacionados à má postura durante o uso do celular:
• Dor ou rigidez no pescoço e ombros
• Sensação de peso ou queimação nas costas
• Dormência nos braços e mãos
• Cefaleia tensional
• Estalos ao movimentar o pescoço
• Alterações na curvatura da coluna (hipercifose torácica).
“Muitos pacientes chegam ao consultório com queixas inespecíficas de dor, mas ao investigar, identificamos que o celular está diretamente envolvido, tanto pela postura quanto pelo tempo de exposição sem pausas”, afirma o fisioterapeuta.
Como se proteger?
A prevenção é o melhor caminho. Veja as recomendações do especialista:
Mantenha o celular na altura dos olhos, evitando inclinar o pescoço para frente.
Faça pausas a cada 30 minutos de uso prolongado.
Pratique alongamentos simples para pescoço, ombros e coluna.
Ajuste sua estação de trabalho caso use o celular para estudar ou trabalhar.
Procure ajuda especializada caso as dores se tornem frequentes.
“A tecnologia é uma aliada, mas precisa ser usada com consciência postural. Pequenas mudanças de hábito evitam grandes problemas no futuro. A prevenção começa no dia a dia”, conclui Dr. Ewerton.
O uso inadequado do celular já representa um desafio de saúde pública silencioso, com impacto direto sobre a qualidade de vida de milhões de brasileiros. Especialistas como o Dr. Ewerton Caroso reforça que investir em ergonomia e educação postural é essencial para reduzir os casos de dor crônica, afastamentos laborais e complicações na coluna vertebral.
Serviço
O ITC vertebral (79 99879-7093) e a NewMov Fisioterapia (79 99888-1812) em Aracaju, oferecem programas de reabilitação e fortalecimento específicos para a população. Mais informações: https://lpuf.itcvertebral.com.br/lphd2-aracaju/#teste?fbclid=PAZXh0bgNhZW0CMTEAAadHtoPAztUBRw7I8ju5kzjf0y_sO3LSbWeDFu2lKSKmRNk4p2Z98olwDyiTjg_aem_0U-WtBcYprB0278ZuiTpMA
Fonte: Rodrigo Alves Assessoria de Imprensa e Marketing