A Universidade Federal de Sergipe (UFS), em parceria com a empresa de energia Eneva, ampliou a realização de pesquisas científicas no setor elétrico no estado, com a inauguração do Laboratório de Alta Tensão de Sergipe, em maio deste ano.
Com um investimento de 1,5 milhões de reais, por meio da parceria público-privada, o novo espaço laboratorial é o primeiro no estado voltado à realização de ensaios de geração de alta tensão contínua, alternada e impulsiva de até 150 mil volts.
“Focamos principalmente no monitoramento da integridade dos equipamentos elétricos. Esses testes com o sistema elétrico de potência são fundamentais para garantir o funcionamento dos serviços sem interrupção, como em indústrias e hospitais,” pontua George Xavier, coordenador do laboratório e professor de Engenharia Elétrica da UFS.
Ao monitorar os equipamentos elétricos de alta tensão, os pesquisadores buscam prever eventuais falhas no sistema de fornecimento de energia, além de oferecer soluções em caso de perdas de tensão ou curto circuitos.
“Esse projeto foi pensado para funcionar majoritariamente na linha de pesquisa relacionada com monitoramento de equipamentos elétricos. O objetivo é propor soluções e efetivá-las com a maturidade tecnológica mais alta possível,” afirma o coordenador-adjunto do laboratório e professor de Engenharia Elétrica da UFS, Tarso Vilela.
O novo espaço funciona no prédio do Departamento de Engenharia Elétrica, no campus de São Cristovão. Entre os principais equipamentos adquiridos por meio da parceria com a Eneva, estão uma câmera de luz ultravioleta e uma fonte de energia que pode gerar até 100 mil volts.
“O uso das câmeras especiais auxlilia o monitoramento, que acontece antes e durante o funcionamento do sistema de energia para antecipar problemas que podem surgir nos equipamentos por efeitos marítimos ou pela própria alta tensão,” complementa o professor George Xavier.
Atualmente dois alunos do programa de pós-graduação em Engenharia Elétrica atuam no laboratório. Além disso, dez estudantes de graduação desenvolvem projetos de iniciação científica na área de alta tensão.
“É uma experiência enriquecedora, uma vez que eu pretendo seguir na área de alta tensão e aqui no laboratório eu posso ter um contato melhor para me preparar para o mercado trabalho nessa área,” afirma a estudante de Engenharia Elétrica, Ana Beatriz.
Fonte: Ascom UFS