O presidente do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE/SE), conselheiro Clóvis Barbosa, e o conselheiro Ulices Andrade receberam nesta quarta-feira, 19, pela manhã, uma comissão de sindicatos da Saúde, que protocolaram e apresentaram documento com denúncias contra a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) no âmbito da saúde, como o atraso salarial de setembro e a falta de repasse à Caixa Econômica Federal dos recolhimentos das consignações de empréstimos e mensalidades associativas dos sindicatos.
Os trabalhadores da Saúde, que estão em greve desde o dia 1º de outubro, querem o bloqueio das contas da PMA para garantir o pagamento dos salários atrasados dos trabalhadores e que se crie um calendário de pagamento para os próximos meses. O TCE decidiu agendar para a tarde desta quarta-feira uma reunião com representantes da administração municipal, a fim de que o problema imediato da falta de pagamento seja sanado e não seja preciso chegar ao extremo do bloqueio judicial das contas.
“Vamos convidá-los para que eles possam explicar o porquê da categoria da Saúde não ter recebido o salário de setembro. Nós sabemos que é uma administração que finda no dia 31 de dezembro. Vamos tentar uma solução para o problema e tentar discutir a possibilidade de fazer um calendário de pagamento para estas categorias. Os trabalhadores da Saúde constituem uma classe muito importante para a população, principalmente para a mais pobre. Por isso, devemos fazer um esforço maior em busca da solução para este problema”, disse o conselheiro da área de Aracaju e da Saúde do Estado, Ulices Andrade.
Sindicatos
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Área da Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa), Augusto Couto, existe uma angústia muito grande entre os profissionais do município. “A categoria não aguenta mais passar por isso. A Saúde de Aracaju está excluída desse governo municipal que aí está. Sempre somos os últimos a receber e não temos calendário de pagamento. Por isso, viemos aqui pedir o apoio do Tribunal de Contas”, disse o líder sindical.
A presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe (Seese), Shirley Morales, denuncia que existem verbas alimentares que os trabalhadores não conseguem ter acesso, o salário está atrasado, não receberam o terço de férias e nem parcela do 13º salário. “Os servidores com empréstimo consignado mensalmente estão recebendo carta de cobrança bancária. Alguns sindicatos já prestaram boletim de ocorrência e entraram com ação judicial”, explicou.
Além dos dois conselheiros do TCE, estiveram presentes à reunião o diretor de controle externo de obras e serviços, Adir Machado, e representantes do Sintasa, Seese, Sindicato dos Cirurgiões Dentistas de Sergipe (Sinodonto), Sindicato dos Trabalhadores Fisioterapeutas de Aracaju/Sergipe (Sintrafa), Sindicato dos Psicólogos do Estado de Sergipe (Sinpsi), Sindicato de Nutricionistas e Técnicos de Nutrição do Estado de Sergipe (Sindnutrise), Sindicato dos Assistentes Sociais de Sergipe (Sindasse), Sindicato dos Farmacêuticos de Sergipe (Sindifarma) e Sindicato dos Agentes Comunitários e de Combate às Endemias do Município de Aracaju (Sacema).
Fonte: TCE/SE