O Sindicato dos Empregados de Limpeza Pública e Comercial do Estado de Sergipe (Sindilimp), deflagrou desde as primeiras horas desta terça-feira (21), uma greve geral por tempo indeterminado. Com essa decisão do Sindilimp, Aracaju volta a ficar mais uma vez com a coleta de lixo reduzida.
As informações passadas por representantes do Sindilimp são de que a empresa Cavo não está cumprindo com o que foi acordado com os garis e margaridas que segundo o sindicato, estão trabalhando sem os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), com fardas rasgadas e em horários estendidos.
Ao anunciar a greve, o sindicalista disse que garis e margaridas que fazem a coleta de lixo no bairro 13 de julho e Atalaia trabalharam mais de 12 horas ininterruptas. Os garis teriam iniciado o trabalho na tarde de ontem (20) e terminou na manhã de hoje. Ele contou ainda durante a entrevista, que na semana passada, uma margarida pegou uma enfermidade na mão, por conta de estar fazendo a coleta de lixo sem as luvas que fazem parte dos EPIs.
O sindicalista informou ainda que a partir de hoje, e até que a empresa atenda todas as reivindicações dos trabalhadores, apenas 30% do efetivo fará a coleta de lixo.
Em nota, a empresa Cavo diz que está atendendo as reivindicações dos trabalhadores. “A Cavo informa que já está atendendo reivindicações apresentadas pelos trabalhadores, durante reunião de mediação realizada no Ministério Público do Trabalho na última sexta feira, 17. A empresa iniciou a compra e vai distribuir ao longo da semana EPIs (máscaras, óculos, luvas e botas), mandou confeccionar novos uniformes que serão distribuídos em breve e está alterando a logística do fornecimento de água durante a operação de coleta do lixo em benefício dos colaboradores”, informa a nota divulgada pela Cavo.
A empresa diz que “a Cavo lembra que já atendeu a outras reivindicações feitas em setembro de 2016 e que é a primeira empresa a pagar Participação nos Lucros e Resultados para funcionários da limpeza urbana em Aracaju. A Cavo permanece aberta ao diálogo com o Sindelimp”.
Por Munir Darrage