A Secretaria de Estado da Saúde (SES), em razão da alta incidência de chuvas durante o inverno, orienta a população acerca dos cuidados preventivos sobre a leptospirose, uma zoonose de notificação compulsória e alta relevância para a saúde pública. No primeiro semestre de 2025, foram registrados oito casos confirmados em Sergipe, número considerado menor em comparação ao mesmo período no ano passado, quando foram 17 confirmados, o que corresponde a uma redução de 52,94%.
Apesar da redução, é preciso seguir com medidas preventivas contra a doença, como explica a referência técnica em leptospirose da SES, Rita Castro. “Essa diminuição pode estar relacionada ao conjunto de ações de vigilância, intensificação das medidas de prevenção em áreas de risco, além da maior sensibilização da população quanto aos cuidados com a exposição à água e lama contaminadas, especialmente em períodos chuvosos. A SES segue monitorando os casos e reforçando ações integradas com os municípios para controle da leptospirose, especialmente nas áreas com histórico de alagamentos e vulnerabilidade social”, enfatiza ao reforçar que as pessoas devem se atentar às formas de contaminação.
Medidas de prevenção
Para evitar o contágio pela bactéria causadora da leptospirose, é essencial adotar medidas preventivas, como evitar contato com água ou lama de enchentes e locais com presença de roedores; utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPI) durante a limpeza de áreas alagadas ou entulhadas; manter terrenos limpos e livres de lixo e entulhos, evitando a proliferação de ratos; armazenar alimentos e água em recipientes bem fechados; procurar atendimento médico imediato ao apresentar sintomas como febre, dor de cabeça, dor muscular intensa, principalmente na panturrilha, vômitos e icterícia.
Sintomas
A leptospirose é causada pela bactéria Leptospira spp., geralmente transmitida pela urina de roedores, e pode levar a quadros clínicos graves, com risco de complicações renais, hepáticas e respiratórias. Segundo orientação técnica, o período de incubação da leptospirose, ou seja, o tempo entre a infecção e o aparecimento dos sintomas, varia de 1 a 30 dias, sendo mais comum o início entre o 7º e o 14º dia após a exposição a áreas de risco.
Caso a pessoa apresente febre, falta de apetite, dor muscular, principalmente na panturrilha, dor de cabeça, náuseas e vômitos é recomendado procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência para uma avaliação médica e encaminhamento para o tratamento adequado.