Para o comércio varejista restrito, aquele representado pelos segmentos – 1. combustíveis e lubrificantes; 2. hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 3. tecidos, vestuário e calçados; 4. móveis e eletrodomésticos; 5. artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e perfumaria; 6. livros, jornais, revistas e papelaria; 7. equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação; 8. outros artigos de uso pessoal e doméstico -, as vendas em outubro apresentaram uma recuperação de 0,7%em relação ao mês de setembro. Na mesma direção, a receita nominal de vendas também apresentou recuperação em outubro, com variação positiva de 1,1%. Comparando o mês de outubro de 2016 em relação ao mesmo mês do ano anterior, o volume de vendas sofreu um recuo de 7,2%, menor que o mês anterior. No ano, o volume de vendas acumula uma variação de (-11,6%), assim como em doze meses (-11,6%).
Em relação ao comércio varejista ampliado, o volume de vendas do mês de outubro de 2016 em relação ao mesmo mês do ano anterior, continua em queda (-9,1%), como também a receita de vendas, que recuou-1,6%, considerando o mesmo período de análise. No ano, o comércio varejista ampliado acumula uma queda de 14,4% no volume de vendas e de 5,7% na receita nominal. A tabela abaixo mostra os resultados da PMC para Sergipe de forma resumida. O gráfico 1 ilustra o comportamento das vendas do comércio varejista restrito em 2016, já o gráfico 2 ilustra a variação de vendas do comércio varejista restrito e ampliado.
Tab.2. Sergipe: Volume de Vendas e Receita Nominal do Comércio Varejista em (%)
Período | Varejo Restrito | Varejo Ampliado | ||
Volume de vendas | Receita nominal de Vendas | Volume de vendas | Receita nominal | |
Outubro/Setembro* | 0,7 | 1,1 | – | – |
Outubro 2016 / Outubro 2015 | -7,2 | 2,5 | -9,1 | -1,6 |
Acumulado 2016 | -11,6 | -0,8 | -14,4 | -5,7 |
Acumulado 12 meses | -11,6 | -1,1 | -15,4 | -6,8 |
Fonte: IBGE-PMC/Outubro, 2016. Obs.: O comércio varejista ampliado inclui as atividades de veículos e de material de construção, além daquelas que compõem o varejo restrito.*com ajuste sazonal
Observando as trajetórias dos volumes de vendas do varejo restrito e do varejo ampliado, verificamos que ambos estão apresentando recuperação. Este é o segundo mês consecutivo que o varejo restrito recupera vendas.O varejo ampliado segue trajetória de recuperação, embora com volume de vendas em queda, mas o desempenho mostra que as vendas estão caindo, mas com menos força.A combinação do crédito mais caro, retração da renda e inflação alta, deve manter o comércio em níveis fracos até o final do ano, recuperando-se, de fato, somente em 2017. Ver o gráfico 2 logo abaixo.
Nordeste: Comércio Varejista Restrito se Recupera, mas o Ampliado continua em Queda
Em outubro, o comércio varejistado Nordeste apresentou recuperação em 6 dos nove estados, apenas Piauí e Bahia apresentaram queda de vendas.Os estadosParaíba, Ceará, Alagoas e Sergipe, tiveram os melhores desempenhos na recuperação de vendas do varejo restrito.O varejo ampliado se mantém em queda significativa em todos estados, à exceção de Paraíba, onde o recuo de outubro foi menor. Ver o gráfico 3.
Considerações
O varejo em Sergipe recuperou as vendas, mesmo que levemente, nos últimos dois meses (setembro e outubro), o que pode sinalizar um final de ano com uma dinâmica melhor.
Alguns segmentos tiveram um comportamento positivo na recuperação das vendas do varejo restrito, como: 1- Hipermercados e supermercados; 2- Artigos farmacêuticos, médicos,ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; e 3- Outros artigos de uso pessoal e doméstico.
Apesar do varejo ampliado seguir trajetória descendente, os dados mostram que as vendas nesse segmento estão caindo menos. Em janeiro, o volume de vendas apresentou uma queda de 17,5%, já em outubro o volume de vendas teve o menor recuo do ano, 9,1%.A recuperação do varejo ampliado (incluem as atividades de veículos e de material de construção, além daquelas que compõem o varejo restrito), só deve acontecer em 2017, se a economia der sinais de recuperação e a inflação deixar de corroer o poder de compra dos consumidores.
Por Márcio Rocha