O Laboratório Central de Sergipe (Lacen) enviou recentemente, para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com sede no Rio de Janeiro, 30 amostras de casos suspeitos da variante Delta da covid-19. O material genético tem representação em todas as regiões do Estado, de pessoas com média de idade na faixa dos 35 anos, sendo quatro delas provenientes de Aracaju. A informação foi confirmada pelo superintendente do Lacen, Cliomar Alves, durante entrevista ao Bom dia Sergipe nesta quarta-feira (11).
De acordo com o superintendente do Lacen, Cliomar Alves, a análise das variantes é uma constante na vida de todos que fazem vigilância laboratorial, contudo, é importante analisar a entrada de novas variantes e, principalmente, as variantes de interesse, ou as variantes de atenção: Alfa, Beta, Gama e Delta, com maior preocupação para a Delta.
“No nosso Estado está circulando a variante Gama, que é a variante brasileira. Estamos atentos e fazendo vigilância ainda mais reforçada para investigar o momento de entrada da variante Delta. Ela é caracterizada por ter uma grande transmissibilidade, altera o padrão epidemiológico da doença no Estado. Mesmo as pessoas vacinadas podem ser infectadas novamente. Então, tudo isso nós temos que estar atentos. Aqui no laboratório nós fazemos essa vigilância de pessoas que entraram em contato com pessoas positivas da variante Delta, pessoas que viajaram ou voltaram de áreas de circulação da variante Delta, como alguns estados do país, a exemplo de Rio de Janeiro e São Paulo”, disse o superintendente.
Cliomar foi enfático ao afirmar que existem critérios específicos para se fazer a análise do material. “Tem que ter carga viral alta. Não é qualquer amostra, mesmo paciente que teve contato, que está doente, mesmo assim, se ele não tiver uma carga viral alta, eu não tenho como fazer o sequenciamento aqui no laboratório. No momento, nós estamos investigando amostras de 30 pacientes na Fiocruz”, explica.
O superintendente orienta que as pessoas, mesmo as vacinadas, continuem com todos os protocolos de biossegurança. “A gente espera que as nossas barreiras estejam sanitizadas, as pessoas continuem utilizando todos os equipamentos de proteção individual para evitar transmissão, porque a entrada de uma nova transmissão não é fácil de conter. É importante, mesmo vacinado, manter as medidas porque vivemos num momento de alerta”, disse.
Da redação, AJN1