Na próxima segunda-feira, dia 17 de março, é feriado em comemoração ao aniversário de Aracaju e os supermercados e o comércio em geral não poderão funcionar na capital, reforça o presidente da Federação dos Empregados no Comércio e Serviços do Estado de Sergipe (Fecomse), Ronildo Almeida.
“O empresariado não aceita fazer acordo para abertura de todo o comércio em determinadas datas que são feriados, porque não quer avançar nas negociações para o fechamento das convenções coletivas de trabalho, que estabelecem os pontos e acordam o funcionamento do comércio em geral nessas datas”, explica Ronildo Almeida.
“O patronato se nega em discutir reajustes salariais e dívidas passadas que o setor tem com os seus empregados e não debate as condições de trabalho dos comerciários e comerciárias. Precisamos priorizar as necessidades da classe trabalhadora, porque é ela quem está na linha de frente, quem gera riquezas para o Estado e tem que ser respeitada nos seus direitos”, pondera Ronildo Almeida.
O dirigente sindical lembra que a pauta de reivindicação dos trabalhadores do comércio e serviços, representados pela Fecomse e sindicatos filiados, foi entregue ao patronato no final do ano passado – a data-base da maioria dos segmentos é janeiro. Até o momento não houve avanços.
Nesta terça-feira, 11, inclusive, ocorreu mais uma rodada de negociações, desta vez com o setor de supermercados, sem que se fechasse a Convenção Coletiva de Trabalho, o que inviabiliza o funcionamento desse setor – e do comércio em geral – neste feriado de 17 de março.
Ronildo Almeida reforça, nesse sentido, que os trabalhadores não aceitam discutir a abertura pontual do comércio nos feriados, mas sim a convenção coletiva como um todo, com as reivindicações apresentadas – econômicas, trabalhistas e sociais.
“A categoria continua firme, enfrentando todos os riscos diários e a precarização das condições de trabalho, dando o seu suor para fazer a economia girar. O canal de negociação, da nossa parte, continua aberto. Esperamos que nossas necessidades e nossos pleitos sejam respeitados”, argumenta Ronildo Almeida.
Por Tereza Andrade