A Secretaria Municipal de Saúde de São Cristóvão (SMS) iniciou a elaboração de sua Programação Anual de Saúde (PAS) para o ano de 2025. O evento acontece nesta quinta (04) e sexta-feira (05), na Universidade Federal de Sergipe. Com a participação de gestores, trabalhadores e controle social da saúde do município, os dois dias de oficinas e discussões tem o objetivo de elencar coletivamente as ações realizadas no âmbito da saúde durante o próximo ano.
“A Programação Anual de Saúde é a atualização das ações, metas e indicadores a serem realizados no ano de 2025. É um momento de extrema importância para planejar o Sistema Único de Saúde (SUS) municipal, um espaço onde vamos definir quais são ações para alcançar as metas a serem executadas no próximo ano”, explica Thiago Góis, coordenador dos Instrumentos de Gestão do SUS São Cristóvão.
Thiago Góis, coordenador dos Instrumentos de Gestão do SUS São Cristóvão
Neste ano, a construção da PAS foi distribuída em uma manhã de palestras, com a apresentação dos instrumentos de gestão do SUS e a oficina de Orçamento Público e Novo Financiamento da Atenção Primária, ministrada por Jennifer Pereira, coordenadora de Execução Orçamentária e Financeira (COEOF) da SMS. Nos outros três turnos do evento, os servidores fazem a discussão das ações a serem planejadas, dividindo-se em 16 diretrizes que abarcam as diversas áreas de atuação da saúde do município.
A diretora de Planejamento do SUS São Cristóvão, Maria Fernanda Camarço, destaca que a PAS é construída de maneira democrática, com base no Plano Municipal de Saúde, que abrange os anos de 2022 a 2025.
“Antes das oficinas de elaboração, foram feitas reuniões com a coordenação de Instrumentos de Gestão do SUS com cada coordenação e área técnica responsável para que já fossem discutidas e avaliadas as metas levadas para as oficinas. Tudo foi feito de maneira colaborativa, com participação de todos, visando uma PAS exequível, para alcançar o maior número de metas possível e proporcionar uma saúde de maior qualidade para a população”, detalha a diretora.
Maria Fernanda Camarço, diretora de Planejamento do SUS São Cristóvão
Jennifer Pereira, enquanto palestrante e coordenadora da COEOF, enfatiza o quanto é fundamental falar sobre orçamento público, porque ele precisa estar alinhado com a Programação Anual de Saúde para atualizar as ações que serão realizadas dentro daquele montante disponível.
“Reforçamos a importância de alinhar o orçamento com as ações que foram pensadas para cada ano, porque, para atender as necessidades de saúde da nossa população, precisamos tanto ter disponibilidade orçamentária quanto financeira. Por isso, é necessário passar para as áreas técnicas e pessoas responsáveis a importância de conhecerem o quanto custa cada política de saúde, o que nós recebemos enquanto receita, para a partir disso pensar nisso no dia a dia”, relata.
Jennifer Pereira, coordenadora de Execução Orçamentária e Financeira (COEOF) da SMS
A programação também inclui as ações de educação em saúde, com o intuito de capacitar os profissionais do município para lidar com as demandas da população. Segundo Sayonara Carvalho, diretora de Gestão em Trabalho e Educação na Saúde, a construção da PAS também é um momento de análise do que já foi feito, para avaliar o que ainda pode ser concluído neste ano e apontado para o ano seguinte.
“Do ponto de vista da Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, que foi a última diretoria a ser criada, temos muitas pautas de educação permanente e desafios da gestão do trabalho, que hoje é alinhado com o Governo Federal. Nossa iniciativa é ter o Plano Municipal de Gestão do Trabalho que está integrado aos instrumentos de gestão no âmbito da saúde”, ressalta Sayonara.
Sayonara Carvalho, diretora de Gestão em Trabalho e Educação na Saúde
Ter a representação do controle social na elaboração da programação é um importante passo para garantir que as ações sejam avaliadas e estejam alinhadas com as necessidades da comunidade sancristovense. Como representante do Conselho Municipal de Saúde, a Agente Comunitária de Saúde, Juliana Aguiar, reforça que o controle social traz um olhar diferenciado para a proposta da PAS.
“Viemos no sentido de fiscalizar e acompanhar o direcionamento das pautas, para opinar, o que é muito importante pensar a permanência e a manutenção do controle social junto à construção dessa programação”, destaca.
Juliana Aguiar, Agente Comunitária de Saúde
Por Clara Dias