Neste 29 de agosto, Dia Nacional de Combate ao Fumo, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) reforça a necessidade de sensibilizar a população sobre a importância da cessação e tratamento do tabagismo. Por meio do Programa Tabagismo, a pasta tem realizado ações de capacitação para prevenção, sensibilização, cessação e tratamento do tabagismo, em parceria com o Instituto Nacional de Câncer (Inca) e com o Ministério da Saúde. O público-alvo é composto por técnicos dos municípios que atuam no Programa Saúde nas Escolas (PSE) e da Atenção Primária à Saúde (APS) das secretarias municipais de Saúde.
Segundo a referência técnica do Programa Tabagismo da SES, Ivete Góis, dentre as ações desenvolvidas estão atividades realizadas no Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto (Copemcan), localizado em São Cristóvão, que objetivavam diminuir a incidência de fumantes dentro de presídios. “A iniciativa tem como objetivo, além de atender esses usuários privados de liberdade, fortalecer outros municípios que também têm presídios a iniciarem essa experiência exitosa com os seus usuários, para que todos tenham direito ao tratamento e à cessação do tabagismo dentro dos presídios sergipanos”, explicou Ivete.
Agosto Branco
Além do Dia Nacional de Combate ao Fumo, o mês de agosto também é marcado pela campanha do Agosto Branco, que visa à conscientização, à prevenção e ao diagnóstico precoce do câncer de pulmão. Vale pontuar que o tabagismo é responsável por 90% dos casos desse tipo de câncer. Em Sergipe, de 2023 a 2025, são estimados 240 casos de câncer de pulmão a cada ano, o que corresponde ao risco estimado de 10,23 casos por 100 mil habitantes, sendo 130 casos entre homens e 110 entre mulheres. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depender do estágio, a chance de cura para a doença é de 70%.
Entre as ações desenvolvidas no Agosto Branco pela SES está a discussão sobre os perigos do tabagismo passivo e do cigarro eletrônico, com ênfase no cuidado de gestantes, crianças, pessoas com deficiência e pessoas idosas.
O tabagismo passivo é a inalação da fumaça de derivados do tabaco por pessoas e animais que convivem com fumantes em ambientes fechados, que acabam respirando as mesmas substâncias tóxicas. A fumaça do tabaco contém mais de sete mil compostos e substâncias químicas que podem provocar reações alérgicas como rinite e tosse, ou consequências ainda mais graves, como infarto, câncer de pulmão e doença pulmonar obstrutiva crônica.
“Podemos citar também como exemplo do fumante passivo o bebê de uma gestante que fuma. O bebê também acaba inalando a fumaça dentro do útero, por existir um aumento de monóxido de carbono em seu sangue. É importante ressaltarmos os riscos do tabagismo passivo, visando proteger as gerações presentes e futuras”, alertou Ivete Góis.
Os cigarros eletrônicos ou Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs) podem causar lesões físicas, queimaduras e até explosões, por conta do manuseio incorreto, como o superaquecimento da bateria. Além disso, há risco de desenvolvimento de doenças respiratórias, cardiovasculares, problemas pulmonares e até câncer, devido às 80 substâncias tóxicas que podem estar presentes, a depender do produto. Segundo a OMS, 70% dos usuários jovens – entre 15 e 25 anos – fazem uso de cigarros eletrônicos.
Tratamento
O usuário pode encontrar o tratamento de tabagismo promovido pelo Ministério da Saúde por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Em Aracaju, há duas unidades de atendimento: o Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (Cemar), no Siqueira Campos, e o Hospital Universitário. No Cemar, o paciente não precisa de encaminhamento e pode procurar espontaneamente o serviço de segunda a sexta-feira, com um documento com foto e o cartão do SUS.
Fonte: ASN