A doação de órgãos foi um tema muito comentado nas últimas semanas no Brasil e a importância da popularização do assunto torna possível a conscientização das pessoas sobre a chance de salvar ou melhorar a vida de outras pessoas. Nesse contexto, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da saúde, realizou na Unidade Básica de Saúde Manoel de Souza, no bairro Jabotiana, um bate-papo sobre a doação de órgãos, as córneas dentre os quais.
A ação faz parte do Setembro Verde, campanha que potencializa a conscientização das pessoas sobre a importância de doação de órgãos, elucida os mitos que envolvem o tema e tenta mudar o cenário da fila de espera por um transplante.
A responsável técnica do Banco de Olhos de Sergipe, Ana Carla Bittencourt, foi a convidada para ministrar sobre o tema. Segundo ela, o objetivo é esclarecer as dúvidas sobre a doação de órgãos, sobretudo de córneas, e principalmente informar que o ato de manifestar o desejo aos familiares em doar os órgãos é suficiente, já que não existe outra forma de garantir a efetivação da doação.
“Estamos aqui com estudantes, residentes, funcionários da UBS e pacientes com o objetivo de esclarecer sobre quem pode doar, quanto tempo após a morte ainda é possível, como é feita a seleção da córnea que foi doada etc. Além disso, existem muitos mitos acerca do tema que precisam ser tratados também”, destacou Ana Carla Bittencourt.
A jovem Maria Eduarda é estudante do 4º período de Medicina e também estagiária na UBS Manoel de Souza. Este é o segundo ano em que organiza o evento na unidade a fim de popularizar a doação de córneas e tirar as principais dúvidas dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Ano passado fizemos uma campanha de conscientização sobre o Setembro Verde e a doação de órgãos. Esse ano de novo estamos trazendo esse assunto porque por muitas vezes as pessoas acreditam em informações que não são verdadeiras e isso prejudica na doação de córneas e outros órgãos,” disse.
A dona de casa Jackelly Maria Mota esteve na UBS buscando vacinação para a filha de colo e pela relevância do assunto aproveitou para participar da atividade.
“É bem legal isso que está acontecendo aqui porque a doação pode ajudar outras pessoas que precisam de uma córnea ou outros órgãos. Eu já informei aos meus familiares sobre a doação dos meus órgãos porque quando a família sabe do desejo pessoal da pessoa é mais fácil de acontecer”, concluiu Jackelly Maria Mota.
Fonte: AAN