A cidade de Aracaju iniciou nesta quarta-feira, 14, a programação da Semana da Luta Antimanicomial, uma mobilização essencial que reafirma o compromisso com a dignidade, liberdade e inclusão das pessoas em sofrimento psíquico. Organizada pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio da Rede de Atenção Psicossocial (Reaps), a ação visa sensibilizar a sociedade sobre a importância da assistência humanizada em saúde mental e combater o estigma ainda presente.
O objetivo central das atividades é dar visibilidade aos direitos das pessoas com transtornos mentais e reforçar o modelo de atenção baseado no cuidado em liberdade, conforme preconiza a Reforma Psiquiátrica. Atualmente, Aracaju conta com seis Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que atuam como serviços de portas abertas, substituindo a lógica manicomial e garantindo atendimento próximo e integral à população.
A programação inclui quatro momentos principais:
– 14 de maio, às 8h: “Bom dia, com saúde”, na Praça Principal em frente à UBS Celso Daniel, no bairro Santa Maria. A ação contará com atividades artístico-culturais, oficinas terapêuticas e oferta de cuidados.
– 16 de maio, às 9h: Evento da Psicologia em parceria com a Universidade Federal de Sergipe (UFS) na Didática VII, sala 208.
– 21 de maio, às 8h: “Dia da Luta Antimanicomial”, no Salão da Paróquia São Pedro Pescador. O evento reunirá apresentações culturais, exposição de trabalhos desenvolvidos nos CAPS e estandes temáticos com ações da Rede de Atenção Psicossocial.
– 28 de maio, às 9h: Aniversário do CAPS Jael Patrício, que acontecerá na própria unidade.
Para Lidiane Rosa, coordenadora da Reaps, a realização da Semana é mais do que simbólica. “A luta antimanicomial é, antes de tudo, uma luta por cidadania. É lembrar que cada pessoa tem direito a viver em sociedade, a ser cuidada com dignidade e sem exclusão. Não estamos falando apenas de serviços, mas de um compromisso coletivo com a vida, com a escuta e com a valorização da singularidade de cada indivíduo”, ressaltou.
Ela destaca que a programação é construída de forma integrada com os usuários e equipes dos CAPS. “Queremos que a população de Aracaju reconheça esses espaços como parte do seu território, que entenda que saúde mental se faz com afeto, vínculo e liberdade. Por isso, convidamos todos a participarem, conhecerem os serviços e refletirem conosco sobre o modelo de atenção que queremos e defendemos”, enfatizou.
Centro de Atenção Psicossocial
Em busca de uma sociedade sem manicômios, os CAPS vieram com o objetivo de serem serviços porta-aberta para cuidar da saúde mental. Nestes espaços, são ofertados serviços de tratamento e apoio a pessoas com transtornos mentais.
Caso tenha alguma necessidade, a população pode procurar uma das seis unidades disponíveis: CAPS Jael Patrício (Zona Norte), CAPS David Capistrano (Zona Sul), CAPS Liberdade (Zona Central), CAPS AD Primavera (para maiores de 30 anos com demandas relacionadas ao uso de álcool e outras drogas), CAPS AD Vida (para jovens até 29 anos com demandas relacionadas ao uso de álcool e outras drogas) e o CAPS Infantil, voltado ao público infantojuvenil.
Por Ascom/SMS