O conjunto arquitetônico e cultural mais expressivo do século XVI em Sergipe, a Praça São Francisco foi o local escolhido para receber o evento em alusão ao Dia da Consciência Negra, comemorado no último dia 20. Grupos de dança, capoeira e um recital de poesia se apresentaram na manhã desta quinta-feira, 23. Organizada pela Fundação Municipal de Cultural de Turismo João Bebe-Água (Fundact), a ação reuniu alunos das escolas da rede municipal e inclui a exposição ‘Meu torço minha identidade’, no museu Histórico.
Para o diretor de Turismo da Fundact, Thiago Fragata, a ocupação da Praça São Francisco com manifestações culturais e de combate ao preconceito é simbólico. “A gente tem ocupado a Praça São Francisco para mostrar que é um patrimônio da humanidade. É importante trazer todas as manifestações religiosas e culturais para a Praça. Esse evento tem a importância de marcar território. Num País racista e elitizado, temos que mostrar nossa cara para fazer parte do cotidiano”, afirmou.
A estudante Taiane Camile, de 14 anos, acompanhou as apresentações e disse se sentir representada pelo evento. “Meu cabelo é afro, minha cultura é essa e o Dia da Consciência Negra existe para levantar nossa autoestima, nos representar. Quando era criança, minha mãe alisava meu cabelo. Agora, uso natural e me sinto muito bonita”.
Aluno da escola municipal Gina Franco, Emanuel Messias compartilha da mesma opinião. “É importante valorizar a cultura negra, a importância social do negro. Todo evento que discute o Dia da Consciência Negra eu gosto de participar”, disse.
Por Ascom/São Cristóvão
Fotos: Danielle Pereira