Por conta dos impactos causados pela pandemia do novo coronavírus em todas as áreas da sociedade, o número de pessoas em situação de insegurança alimentar no município aumentou significativamente. Visando contemplar o maior número possível das famílias necessitadas, a Prefeitura de São Cristóvão, através da Secretaria Municipal de Assistência Social e do Trabalho (Semast), tem intensificado as ações de entrega de cestas básicas para as famílias que, dentro dos critérios técnicos estabelecidos, possam ser contempladas com o benefício.
De modo diferente das políticas públicas nas demais áreas, a exemplo da saúde e educação, que são destinadas de forma universal para todos os cidadãos, na assistência social as ações são pensadas de outra maneira, buscando sempre atingir aqueles que mais precisam. “Junto a isso está atrelado vários critérios para que a gente consiga realmente chegar ao mais necessitado. De maneira especial durante a pandemia, nós precisamos amparar aquele que mais carece, então os critérios precisam ser muito bem avaliados”, declarou Lucianne Rocha, Secretária de Assistência Social.

Para que o fluxo correto de concessão da cesta básica funcione da forma mais eficaz e justa, a pessoa que busca esse tipo de benefício necessita cumprir alguns requisitos técnicos, que serão identificados por um assistente social ou psicólogo após uma avaliação. “Nós estabelecemos alguns critérios para poder realizar esse serviço. A disponibilização é feita por núcleo familiar e o principal ponto é a extrema pobreza, a no qual a família necessita estar com dificuldade real de acessar a alimentação básica para sua sobrevivência. Além da dificuldade na alimentação, é obrigatório que o beneficiário seja morador do município”, explicou a secretária.
O amplo conhecimento desses critérios para a concessão das cestas de alimentação é necessário, uma vez que, segundo Lucianne, estão acontecendo pequenos desentendimentos no momento da retirada da cesta. “Nós passamos por algumas situações nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), que são motivadas por falta de conhecimento. Por exemplo, muita gente não entende a necessidade da realização da avaliação técnica, muitos acham que é apenas chegar e pegar a cesta. Mas não é assim, estamos lidando com recurso público, tudo precisa ser muito bem definido e explicado”, contou.
“Nós também passamos por situações de gente que tem renda, mas mesmo assim busca o benefício. É preciso entender que, nesse momento, a prioridade não é essa, ou então vai acabar gerando uma maior aglomeração e dificultando o serviço dos profissionais”, finalizou a Lucianne Rocha.
Outras ações no combate à falta de alimentação
O problema da insegurança alimentar, que foi agravado pela pandemia, está sendo enfrentado também com diversas outras ações da Prefeitura de São Cristóvão. Através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), a Prefeitura auxilia inúmeras instituições e famílias em situações de vulnerabilidade. “Com o PAA e a CONAB, a gente já arrecadou e distribuiu mais de 20 toneladas de alimentos. Como o município é muito grande, essa ponte com as instituições é muito importante para que um maior número de famílias sejam contempladas”, destacou a secretária.
Por meio do “Cartão Mais”, benefício prestado pelo Governo do Estado, muitas famílias conseguem garantir a sua cesta básica com o auxílio liberado. A seleção é feita pelo Estado, mas os agentes da secretaria dão todo suporte logístico para encontrar os beneficiários e entregar o cartão.
Fonte: Prefeitura de São Cristóvão