A derrota do Fluminense por 4 a 2 para o Cruzeiro, no domingo, foi o ponto final da passagem de Levir Culpi pelo banco de reservas do clube. A má fase, que chega a seis partidas sem uma vitória, fez com que o presidente Peter Siemsen decidisse demitir o treinador ainda nos vestiários do Mineirão.
Um dia depois de perder seu emprego, Levir resolveu falar sobre sua saída. “Estou “puto da cara”, comentou o treinador através de sua assessoria. “Quero agradecer a oportunidade de fazer parte da história do Fluminense. Trabalhar nove meses em um clube famoso por ser o que mais demite técnicos no mundo tem também seu mérito. Dos times que trabalhei, o Flu é um dos mais oscilantes no convívio entre vitória e derrota”, opinou.
O técnico assumiu o Fluminense em março de 2016. No Rio de Janeiro, ele conquistou o título da Primeira Liga, mas teve poucas oportunidades de jogar no Maracanã, tradicional casa do clube. “Devido à Olimpíada, nunca jogamos em casa. Só no dia 28 de outubro é que fizemos o primeiro jogo no Maracanã. Formamos um ambiente bom de trabalho, coisa também muito difícil de conseguir porque o Flu estava dividido entre Laranjeiras e CT da Barra. E o pior, terá eleições nesse mês. Sabe o que acontece num clube quando quatro candidatos disputam a presidência”, criticou o ex-comandante da equipe.
Ainda em seu comunicado, Culpi afirmou que lançará um novo livro, contando a história de seu retorno ao Brasil. “Não me arrependo de nada. Fui demitido pelos erros que cometi e não por influência de outros. Esses meses entre “céu” e “inferno” estarão inclusos no livro “De volta ao inferno”, quando falarei sobre o retorno ao futebol brasileiro.”
“Assim como o livro anterior, “Um burro com sorte”, esse livro terá toda a arrecadação revertida para o hospital Pequeno Príncipe, especializado em atendimento de crianças e que merece o apoio de todos, mesmo dos que não gostam de mim”, completou.
Fonte: ESPN.com.br