Parceria institucional firmada entre a Seed e o Instituto de Pesquisa em Tecnologia e Informação oferece formação continuada para professores no âmbito de tecnologia educacional
Para melhor aplicação da tecnologia educacional Synapse, presente em escolas da rede pública localizadas nos municípios que integram os territórios Sul e Baixo São Francisco sergipano, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) e o Instituto de Pesquisa em Tecnologia e Informação (IPTI) – desenvolvedor desta metodologia – promoveram no último sábado, 28, uma formação continuada de professores nesta tecnologia social, nos municípios de Aquidabã, Propriá, Pacatuba e Santa Luzia do Itanhy.
O projeto Synapse, que beneficia atualmente milhares de alunos no Estado, é destinado a contribuir para a melhoria na qualidade do ensino e da aprendizagem de Português e Matemática, nos três primeiros anos do Ensino Fundamental. O principal objetivo deste módulo de formação continuada foi apresentar o projeto e seus principais conceitos, explicar a estrutura e recursos e introduzir os professores à essa metodologia, a partir da construção de aulas contextualizadas.
Coordenador do Synapse, Rafael de Oliveira Teles explica que o IPTI tem atuado no desenvolvimento de tecnologias sociais em educação e tem desenvolvido, entre outras ações, recursos didático-pedagógicos para alunos e professores dos três primeiros anos do ensino fundamental. “Oferecemos treinamento da metodologia da tecnologia social Synapse para esses educadores, com revisão ao longo do processo de reaplicação, e um modelo de escala que serve também de plataforma para formação continuada de professores”, disse.
Segundo afirmou Rafael de Oliveira, uma das bases da metodologia Synapse é a Neurociência aplicada à aprendizagem. “O encontro desse sábado, 28, é o primeiro dos oitos encontros mensais que compõem a Formação, que neste ano contam com a participação de mais de 300 professores, matriculados nos três módulos que compõem o Curso”, explicou.
Modelo reaplicador
Reaplicadora da tecnologia social Synapse, Maria Rita Esteves, professora da rede pública municipal de Santa Luzia do Itanhy há 18 anos, afirma ser gratificante transmitir a outros professores os conceitos desta ferramenta pedagógica. Ao observar as dificuldades que meus alunos tinham no momento da aprendizagem, percebi que algo poderia ser feito para melhorar essa situação. Assim, passei a construir textos adaptados à realidade e ao nível da turma, usando sempre gravuras e banco de palavras para que os alunos possam associar imagens ao que ouvem. Com essa metodologia, percebi que os resultados foram alcançados. Tenho muito orgulho de ser professora, pois sei que estou fazendo um papel importante na vida de cada um dos meus alunos, transformando-os, por meio da educação, em cidadãos”, destacou Maria Rita.
Rafael de Oliveira Teles explica que a metodologia da formação está estruturada em fases e que os professores participantes dos módulos ofertados em 2017, hoje estão matriculados nos módulos avançados. “Os cursos foram estruturados seguindo uma sequência didática coerente com a metodologia Synapse e enfatizando etapas do processo de aprendizagem, contextualização dos objetos de ensino, problematização e desconstrução de problemas mediadas pelo ministrante do curso e construção colaborativa de soluções, oficinas, dinâmicas e atividades”, evidenciou.
Professora da Escola Municipal Luiz Cardoso de Oliveira, no município de Ilha das Flores, Vandete Feitosa afirma que a formação do Synapse se somou à sua experiência em sala de aula de forma muito positiva. “Prova disso é que estou no terceiro módulo desta formação. De imediato me identifiquei com as novas metodologias que visam e priorizam o aluno tendo o conhecimento como base. Todos os segmentos do curso proporcionam ao professor, de forma clara, como fazer a diferença em sala de aula, inovando sempre, já que está em nossas mãos, a transformação em educação de melhor qualidade”.
O secretário de Educação de Aquidabã, Jackson Crisostomos dos Santos, afirmou esperar do curso o agregamento de valores e subsídios à metodologia de trabalho dos professores da rede municipal. “Queremos e pretendemos, com esta formação no projeto Synapse, potencializar os valores que os professores já têm, para que eles possam desenvolver um trabalho interessante e levar esses conhecimentos ao nosso principal cliente, que são os alunos”, frisou.
Karina Moura, professora da Escola Municipal Dom Figueiredo, de Aquidabã, buscou o curso de formação continuada do Synapse como forma de melhorar o desempenho em sala de aula. “Quero me aperfeiçoar, aprender novas técnicas inovadoras para promover um aprendizado mais dinâmico para meus alunos”, disse.
Capacitação
O protagonismo dos professores nesse processo é a maior conquista do projeto e garante que os educadores possam afirmar que estão aplicando uma metodologia que é deles, que foi construída e é reconstruída cotidianamente a partir da realidade local na qual estão inseridos.
O quadro de professores do desta formação é composto por profissionais das redes públicas de ensino dos municípios que têm se destacado ao longo do processo formativo nos anos anteriores. Eles recebem treinamento e acompanhamento para ministrar os encontros.
Atualmente o projeto conta com 13 professoras reaplicadoras, na região do Baixo São Francisco e em Santa Luzia do Itanhy.
Por Ascom/SEED