Sintese diz que prefeitura alterou remuneração da categoria
Os professores do município de São Cristóvão estão com as atividades paralisadas nesta segunda-feira, 30. A motivação do ato é um projeto da prefeitura do município que altera a remuneração da categoria.
O diretor municipal do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese) Wilson Hora informou que a gestão aumentou o salário da classe em 20%, mas acabou retirando uma gratificação e a alteração acarretou perda salarial. “Essa gratificação é relacionada à titulação do professor e podia chegar a até 40%. A retirada dela vai fazer com que alguns professores tenham perda salarial”, diz. Segundo o Sintese, no município há cerca de 300 professores efetivos e 70 contratados.
“Avaliando a folha e fazendo levantamento nós encontramos irregularidades, entre eles uma alteração onde a ex-prefeita muda a titulação sem previsão legal. O atual prefeito precisava fazer um ajuste, mas o valor que ele deu no vencimento não vai compensar na perda da gratificação. Pelo menos sete professores vão ganhar menos do que ganham hoje”, diz o representante. De acordo com ele, a categoria tenta desde maio deste ano negociar com a prefeitura.
Na última sexta-feira, 27, o prefeito Marcos Santana protocolou um ofício para o Sintese afirmando que não houve indisposição para receber os professores e seus respectivos representantes sindicais, visto que em dez meses frente à gestão da cidade já aconteceram oito reunião com o sindicato para discutir melhorias efetivas para todos os servidores da Secretaria de Educação.
O prefeito ainda esclareceu detalhes das várias tentativas de negociação com o Sintese e apontou no documento-resposta uma ressalva: “Ressaltamos, por dever de justiça, que aquilo que Vossa Senhoria (Ivonete Alves Cruz Almeida) denomina como adequação “condicionada” às Leis Complementares 007/2009 e 018/2011 representa, na verdade, o cumprimento da legislação existente (aprovada com o apoio desta mesma entidade sindical); algo que não vinha ocorrendo anteriormente, resultando, inclusive, no recebimento de gratificações de forma irregular, conforme detectado durante os trabalhos da comissão paritária (Prefeitura e Sintese) que realizou a auditoria na folha de pagamento”, frisou.
Marcos Santana ainda reconheceu que, em razão da legislação, o aumento já efetivado não resultou num ganho linear para toda a categoria, mas esclareceu que 20% dos professores terão ganho real de 05 a 13%; outros 49% dos professores terão ganho real de 13 a 20%; sendo que outros 20% dos professores terão ganho real de 20 a 26% e outra parcela de 9% da categoria com ganho real de 26 a 29% e 2% dos professores (sete servidores) receberão um abono provisório para evitar perdas.
Por Jéssica França/Infonet