O vereador Professor Bittencourt (PCdoB) utilizou a Tribuna da Assembléia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese) na 8ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) nesta terça-feira, 10. Em sua fala, o parlamentar fez uma análise da atual situação econômica e social do país e abordou a temática do feminicídio, que cresce a cada ano.
“O estado nacional brasileiro está desmantelado. Esse Brasil só está servindo e bem aos banqueiros. O capital nacional está se esvaindo, o operariado nem se fala, a indústria nacional se esvaindo, se fragilizando. O trabalhador perdendo uma série de direitos, mas sigamos. A luta continua, as transformações virão do resultado do esforço, da luta de todos nós, porque é na luta que conseguimos transformar as coisas do mundo”, afirmou.
Ainda sobre a temática, Bittencourt ressaltou que o país está andando para trás. “O Brasil está andando para trás do ponto de vista do desenvolvimento econômico, social, da garantia dos direitos básicos essenciais a toda a população. Portanto, é preciso que a gente olhe isso com muito cuidado e respeito. Nós somos resultado do triunfo do estado democrático de direito”, enfatizou.
Durante o Grande Expediente, o parlamentar ampliou a discussão e abordou a temática do feminicídio, uma violência que constante e frequentemente acaba em tragédia. “As mulheres no Brasil é como se estivessem em uma guerra. Algo em torno de quatro mil mulheres são assassinadas, isso é um absurdo. Vivemos em um Brasil que naturaliza a violência, que homens são educados para desde sempre enxergar a mulher como um objeto. As propaganda são divulgadas dia a dia das mulheres como objeto. As mulheres viraram objetivo de consumo da mídia. Precisamos cada vez mais tratar disso, essa violência é generalizada, naturalizada, institucionalizada”, afirmou.
Em seu discurso, o parlamentar ainda parabenizou as manifestações que aconteceram no país com a mulheres na luta, em favor da liberdade, da igualdade, da ampliação dos seus direitos. “A luta das mulheres não diz respeito apenas ao interesse da mulher, mas ao interesse do ser humano. A luta em favor da igualdade, da ampliação dos direitos não é uma luta apenas das mulheres para as mulheres. É uma luta do ser humano para as mulheres, das mulheres para o ser humano. Portanto, precisamos cada vez mais chamar a atenção disso”, complementou.
Por David Rodrigues