Perímetros irrigados estaduais produtores de maracujá até setembro deste ano produziram 183 toneladas de maracujá, atingindo 161% a mais que as 70 toneladas em todo o ano de 2023. Em Lagarto, região Centro-Sul do estado, a assistência técnica dada aos irrigantes pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) superou a fusariose em pomares irrigados, e também registrou aumento de 106% na produção já nesses nove meses. Já no perímetro de Canindé de São Francisco, no Alto Sertão, a produção parcial foi de mais de 45 toneladas e fez ressurgir a cultura agrícola.
No Perímetro Irrigado Califórnia, administrado em Canindé pela Coderse – empresa vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) -, um dos responsáveis pelo retorno do maracujá às áreas irrigadas e nas prateleiras do comércio local foi o agricultor José dos Santos. Ele planta maracujá há pouco mais de um ano e meio, e está satisfeito com os resultados e a facilidade de escoar o produto. Em uma área de 0,75 hectares, ele colhe até 60 caixas de 30 kg por semana.
“Gostei do maracujá porque é um plantio que a gente vende diretamente para o consumidor. O pessoal compra o maracujá aqui e leva diretamente para a feira. Não tem dificuldade. A Coderse fornece água de qualidade para nós, os técnicos estão aí dando assistência, e todos estão de parabéns”, agradeceu José dos Santos, conhecido no perímetro como ‘Duda’.
No Perímetro Califórnia, o rendimento das 45 toneladas produzidas até setembro de 2024 foi de R$ 259.089,00 de renda bruta aos irrigantes. Depois de plantado no perímetro de Canindé, o maracujazeiro leva seis meses para começar a dar frutos, em colheitas que podem durar até dois meses. Daí então ele pode passar até dois anos produzindo frutos em escala comercial, com intervalos de três ou cinco meses entre as safras.
Lagarto
A maior produção, até setembro, está sendo a do Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto. São 138 toneladas até agora em 2024, contra as 66,7 lá produzidas durante todo o ano de 2023, e superando as 97 toneladas de expectativa inicial para a safra anual. Nos nove primeiros meses deste ano foram R$ 393.350,00 em renda bruta para o irrigante lagartense.
Muito disso se deu pelo surto de fusariose em pomares irrigados de maracujá no início do ano. Esta doença fúngica mata as plantas infectadas e tem alta capacidade de contaminação do solo e até de outras plantações. Segundo o diretor de Irrigação da Coderse, Aldebrando Leite, a ação da assistência técnica prestada no perímetro teve influência direta no quadro positivo.
“Os técnicos agrícolas e os engenheiros agrônomos da Coderse levaram aos produtores afetados com a doença, a orientação necessária para controle, tomando medidas sanitárias com os pomares existentes e a iniciativa de só adquirir mudas ou sementes certificadas. Isso evitou tanto que a fusariose se alastrasse, como a entrada da doença vinda de outras regiões produtoras”, disse ele.
Foto: Mirely Rodrigues
Ascom Coderse