Em entrevista na manhã desta sexta-feira, 3, em Audiência Pública, no plenário da Assembleia Legislativa, solicitada pela deputada estadual, Ana Lucia (PT). Representantes do SINTESE e estudantes de escolas públicas de Sergipe, deixaram suas opiniões sobre a Reforma do Ensino Médio e afirmaram serem contra o reforma. Na oportunidade, o especialista em ensino médio, Gaudêncio Frigotto, concedeu entrevista coletiva à imprensa sergipana.
Ivonete Cruz, presidente do SINTESE, disse que a Reforma é extremamente prejudicial e que vem para mutilar o direito da educação básica. “Esse debate é muito importante nesse momento. A reforma do ensino médio é extremamente prejudicial, ela vem para simplesmente mutilar os direitos da educação básica e dos jovens. O ensino médio é o momento da formação ampla, é o momento de ter todos os saberes, do jovem poder estudar todas as disciplinas, adquirir todo o conhecimento. Quando se vê uma reforma onde se torna obrigatória a matemática, português e a língua inglesa, e as demais se tornam optativas, não é momento do aluno ainda escolher o que quer saber, o momento do aluno escolher que profissão ele quer seguir, que conhecimento ele quer aprofundar, isso ocorre na universidade”.
Ainda segundo a presidente, o ensino médio vem para destruir o direito a formação completa do indivíduo. “O ensino médio precisa ser o momento de todos os saberes, e essa reforma vem com essa característica, de destruir o direito a formação completa do indivíduo, com a perspectiva de profissionalizar a mão de obra do jovem, sem a formação ampla, cognitiva, então nós somos contrários a essa reforma do ensino médio. Esse debate aqui na Alese, será extremamente importante com Gaudêncio, para a gente está aprofundando a discussão e o debate, a reflexão para poder estar fazendo o enfrentamento”.
Para o estudante do Colégio Estadual Professor Nestor Carvalho Lima, Igor Maciel, a reforma não vai trazer melhorias, porque as escolas não possuem estrutura para conseguir manter o ensino integral. “Não concordo com a reforma porque não temos estrutura, o meu colégio é pequeno para conseguirmos a reforma, e ainda tem a grande quantidade de alunos. E isso não vai melhorar a educação brasileira”.
Por Agência de Notícias Alese