Centro de Referência e Apoio à Mulher oferece orientação jurídico, suporte psicológico e social para mulheres vítimas de violência
Em um país onde a violência contra a mulher ainda é uma triste realidade, o Centro de Referência e Apoio à Mulher (CRAM), equipamento mantido pela Prefeitura de Socorro, se destaca como um farol de esperança e transformação. O CRAM, serviço público gratuito voltado ao apoio para mulheres, está sendo reestruturado pela atual gestão para melhor atender as socorrenses e atuar no combate à violência contra a mulher.
A equipe do Centro de Referência é composta por oito profissionais qualificadas, todas mulheres. São assistentes sociais, psicólogas e advogadas que trabalham em conjunto com a Secretaria Especial de Políticas Públicas para as Mulheres (SEPM), pasta criada para garantir que as mulheres recebam o suporte necessário para superar a situação de violência, tenha sido física, psicológica, sexual, moral ou patrimonial, e reconstruir suas vidas.
A secretária Especial de Políticas Públicas para as Mulheres, Maria da Conceição dos Anjos, destaca todo trabalho realizado pela atual gestão para a proteção das mulheres e para garantir que os direitos das socorrenses sejam preservados e assegurados.
“O prefeito Samuel teve a sensibilidade de criar a nossa secretaria e estamos engajados em fazer com que todas encontrem no CRAM um ambiente seguro para recomeçar. Toda mulher pode nos procurar, não apenas aquelas vítimas de violência por parte dos companheiros, afinal, violência não se restringe apenas àquela sofrida de forma física. Queremos atender e acolher todas as que se sintam violentadas fisicamente, psicologicamente, financeiramente ou em qualquer âmbito, pelos seus pais, irmãos, colegas ou até mesmo para aquelas que precisam de qualquer tipo de suporte”, explica.
Acolhimento
Com a nova gestão, o trabalho do CRAM está passando por uma série de transformações e melhorias, garantindo que mais mulheres sejam atendidas, como detalha a coordenadora do Centro, Andrea Cardoso Barcellos de Brito. “Em apenas 24 dias, quando começamos a aplicar as mudanças, já atendemos cerca de 100 mulheres. Tivemos que aumentar a equipe, com a chegada de uma nova assistente social, devido à alta demanda. Isso nos mostra a vulnerabilidade em que vivem essas mulheres, mas é importante ver que elas estão conhecendo o nosso trabalho e confiando nele”, destaca.
De acordo com a coordenadora, o município possui cerca de 54% dos lares chefiados por mulheres, entretanto, muitas ainda são dependentes dos companheiros. “É muito importante que elas consigam voltar ao mercado de trabalho e saiam da dependência econômica e emocional que ainda as prende a situações de violência por parte dos seus agressores. Hoje atuamos como restauradoras do empoderamento feminino, dando o pontapé inicial para que elas recuperem sua confiança e autoestima”, completou Andrea.
Atendimento
No CRAM as solicitações de atendimento podem ser realizadas via judicial ou por livre vontade das vítimas. “Quando chegam via judicial elas já têm queixa prestada e até mesmo medida protetiva. Para essas, ligamos várias vezes, se for preciso, ou vamos até as casas delas, convidando-as para que venham conversar conosco e iniciar o seu acompanhamento. Não estamos aqui para julgar ou coibir, mas sim para fazê-las entender o seu valor e recuperar as suas vidas”, afirma a coordenadora Andrea. O CRAM oferece uma ampla gama de serviços, incluindo:
● Acolhimento e escuta: um espaço seguro para que as mulheres possam compartilhar suas experiências e se sintam compreendidas e apoiadas.
● Atendimento psicológico: apoio emocional para lidar com os traumas e as sequelas da violência.
● Orientação jurídica: informações sobre os direitos das mulheres e como buscar justiça.
● Assistência social: suporte para acessar serviços como moradia, alimentação e benefícios sociais.
● Encaminhamento para outros serviços: articulação com a rede de serviços públicos, como hospitais, delegacias e abrigos.
Como buscar ajuda
O CRAM está de portas abertas para receber mulheres que se sintam em situação de violência e oferecer todo o suporte necessário. As interessadas podem buscar atendimento no CRAM localizado no conjunto João Alves, rua Cedro, nº 24, próximo ao Restaurante Padre Pedro, ou no CREAS, localizado no Parque dos Faróis, rua Vinte e Dois, n°178.
Foto: Milton Carvalho
Fonte: Assessoria de Comunicação