Instaurado em 1987, o dia 18 de Maio marca no Brasil o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, que iniciou quando trabalhadores de serviços de saúde mental se organizaram para dar visibilidade ao Movimento da Luta Antimanicomial. Para dar maior visibilidade a importância do tema, a Prefeitura de Boquim, através da Secretaria de Educação, Cultura, Esporte, Lazer e Turismo, e do Departamento de Cultura, realizou uma série de atividades durante a “Semana Inclusiva – Pelos Direitos das Pessoas com Sofrimento Mental”, que aconteceu de 16 a 19/5.
As atividades tiveram início com a Biblioteca Itinerante na Creche Laurinete Barbosa, com a participação de integrantes do Centro de Atenção Psicossocial – CAPS I Braz Fernandes Fontes e da enfermeira Anne Durvalina. Já na Biblioteca Pública Municipal Hermes Fontes a Roda de Leitura da semana teve os alunos da Creche acompanhados pelas professoras Meire e Emídias, e integrantes do CAPS, acompanhados pela coordenadora Eline Gonçalves e pela assistente social Diléa Carvalho, como convidados. A discussão da Roda girou em torno do tema: entendendo as pessoas com sofrimento mental através da literatura, que trouxe depoimentos e histórias de vida emocionantes.
Na sessão cinema do filme ao livro, a fita Bicho de Sete Cabeças foi exibida para usuários da biblioteca e convidados do CAPS. O encerramento da semana, nessa sexta-feira, 19/5, culminou no Sarau Cultural, com apresentação musical de Zé Costa com a participação especial do secretário de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, Jonas Vidal, bate-papo sobre literatura com os convidados Ana Reis, Arlete Rejane e Siniclei Almeida, que contou com as presenças dos alunos da Escola Municipal Lourival Baptista, acompanhados da diretora Crislândia Meneses e do professor Rangel Freitas, além dos professores Josenito Resende e José Santos. Além disso, e em homenagem ao Dia Internacional dos Museus – comemorado também em 18/5 – aconteceu a abertura das exposições de Claudio Pulucca e de integrantes do CAPS, cuja exposição foi explicada por Júlio Oliveira. As exposições ficarão abertas para visitação até o dia 31/5, das 8h às 12h e das 13h às 16h, no Museu Raymundo Fernandes da Fonseca.
O Dia Nacional da Luta Antimanicomial lembra que devemos combater a ideia de que se deve isolar a pessoa com sofrimento mental em nome de pretensos tratamentos, uma ideia baseada apenas nos preconceitos que cercam a doença mental. A data lembra principalmente que, como todo cidadão, as pessoas com sofrimento mental têm o direito fundamental à liberdade, a viver em sociedade, a receber cuidado e tratamento sem que para isto tenham que abrir mão de seu lugar de cidadãos.
Por Jú Gomes