A paralisação de parte dos médicos da rede municipal de saúde está próxima do fim. É o que foi assegurado nesta quinta-feira, 20, pelo prefeito Edvaldo Nogueira, após reunião com o Sindicato dos Médicos e Sergipe (Sindimed). Dando prosseguimento ao processo de diálogo com a categoria, o gestor municipal construiu uma proposta de consenso para o encerramento da greve. Os médicos se reunirão em assembleia na próxima segunda feira, 24, quando apresentarão aos profissionais a proposta. Além do prefeito e da comissão do Sindimed, estiveram presentes os secretários André Sotero (Saúde), Carlos Cauê (Governo) e Jefferson Passos (Finanças).
“A partir de uma discussão, chegamos a uma proposta em comum à Prefeitura e ao sindicato. Os médicos irão analisá-la na segunda-feira e, a partir daí, o retorno ao trabalho. Após a análise em assembleia, o próprio sindicato anuncia o fim da greve. Como sempre, nos colocamos à disposição e mostramos o nosso esforço para resolver a questão. Tenho a esperança de que nós encerraremos a greve na próxima segunda-feira”, informou Edvaldo Nogueira.
Ainda segundo o prefeito, a grande preocupação é com a população, já que o serviço de saúde estava prejudicado por conta da paralisação dos médicos. “Nós já avançamos bastante na área da saúde. Estamos com o abastecimento de 94% dos medicamentos de volta nos postos de saúde, estamos reestruturando as unidades e realizando um bom trabalho. Com a possibilidade do fim da greve, a gente começa a dar passos adiante para melhorar cada vez a saúde pública no município de Aracaju”, destacou.
Edvaldo voltou a enfatizar todo o esforço feito pela gestão para pagar o salário dos servidores ativos e inativos em dia. “Pagamos em três meses cinco salários. Pagamos o salário de dezembro, através de uma operação de crédito, e 13º salário que estavam atrasados da gestão anterior. Efetuamos os pagamentos dos meses de janeiro, fevereiro e março em dia. Vamos trabalhar para pagar abril em dia também. Por isso mesmo estamos confortáveis em propor e encontrar uma solução conjunta para o problema da greve dos médicos”, pontuou.
Apesar de não adiantar o conteúdo da proposta definida na reunião, o presidente do Sindimed, João Augusto Oliveira, declarou que existe uma possibilidade real de final da greve. “Houve uma proposta consensual que vai contemplar outros segmentos que não optaram em realizar o empréstimo. Nós vamos levar para a assembleia o que foi criado consensualmente. A gente não pode adiantar a proposta, mas a chance da categoria aceitar é grande”, afirmou.
O secretário Municipal da Saúde, André Sotero, afirma a necessidade do fim da greve para que a população volta a ser assistida da melhor maneira. “Gostaríamos que essa greve nem tivesse começado em janeiro. Essa proposta construída hoje não prejudica as finanças da Prefeitura e possibilita a volta dos profissionais ao trabalho”, disse.
Diálogo aberto
Desde a primeira semana do seu governo, Edvaldo Nogueira tem estado aberto ao diálogo com os médicos. Só no mês de janeiro, o prefeito recebeu a categoria em duas reuniões. Com a deflagração da greve no dia 21 de janeiro, a gestão municipal manteve as negociações com os profissionais, recebendo os grevistas em várias ocasiões através dos secretários André Sotero e Jefferson Passos. Na última terça-feira, 18, o prefeito e os secretários municipais Jefferson Passos (Finanças), Carlos Cauê (Governo) e André Sotero (Saúde) receberam uma comissão do Sindimed para discutir o fim da greve e, nesta quinta, 20, retomou as discussões.
Adesão dos médicos
A operação especial de crédito criada pela Prefeitura junto aos bancos públicos para pagamento integral dos salários de dezembro, deixados pendentes pela gestão anterior, teve a adesão de 60% dos médicos. Além disso, 100% destes profissionais receberam em dia os salários de janeiro, fevereiro e março. O 13º salário, que também não foi honrado pela administração anterior, foi pago integralmente a todos os servidores.
Fonte: PMA