O prefeito de Barra dos Coqueiros, Alberto Macedo, suspendeu as férias dos servidores municipais agendadas para os meses de novembro e dezembro, decisão que tem gerado grande descontentamento entre os trabalhadores e é vista como uma violação de um direito essencial e inalienável. A medida, criticada pelo Sindicato dos Servidores Municipais da Barra dos Coqueiros (Sindibarra), afeta a organização pessoal dos servidores, muitos dos quais haviam feito planejamentos familiares, adquirido passagens e até mesmo assumido compromissos financeiros, contando com o período de descanso e o pagamento previsto em lei.
A presidente do Sindibarra, Mirlene Andrade, afirmou que o Sindicato está tentando dialogar com a administração na busca de uma solução pacífica para a questão. No entanto, segundo Andrade, até o momento a entidade não obteve retorno por parte da gestão municipal. “Esse direito jamais poderia ser revogado,” declarou a sindicalista, reforçando a importância das férias como parte fundamental do bem-estar dos trabalhadores.
Além da suspensão das férias, Andrade relatou outro problema enfrentado pelo funcionalismo: uma onda de demissões em massa que, segundo ela, desrespeita a legislação eleitoral ao ocorrer dentro do período proibido, três meses antes e três meses após as eleições. Segundo a presidente do Sindicato, as exonerações estariam afetando principalmente as auxiliares de creche e cuidadoras, responsáveis por crianças de zero a quatro anos, que passaram a enfrentar jornadas de trabalho ainda mais extenuantes e sem o número mínimo de profissionais exigido para o adequado funcionamento das creches.
“Essas exonerações são imorais e infringem a legislação eleitoral, sobrecarregando ainda mais os servidores, especialmente as auxiliares de creche e cuidadoras, que já estão no limite de suas capacidades,” ressaltou Andrade. Ela alerta que a falta de pessoal nas creches pode comprometer não apenas a saúde física e mental dos servidores, mas também a segurança e o bem-estar das crianças assistidas por esses profissionais.
A sindicalista conclui com um apelo para que a administração municipal respeite os direitos dos trabalhadores e cumpra com suas obrigações legais: “Exigimos respeito e que o Prefeito cumpra com suas obrigações e devolva o que é por direito dos trabalhadores. Essa gestão, marcada pela falta de compromisso com o servidor, será lembrada como a que negligenciou os direitos fundamentais dos trabalhadores e colocou em risco a estrutura de trabalho do município.”
O Sindibarra mantém-se à disposição dos servidores e continua pressionando a administração para que reveja a suspensão das férias e restabeleça as condições adequadas de trabalho.
Fonte e foto FETAM Sergipe