O preço da cesta básica em Aracaju apresentou alta de 0,54% no mês de junho, conforme pesquisa divulgada nesta terça-feira (6), pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As maiores altas foram registradas em Fortaleza (1,77%), Curitiba (1,59%) e Florianópolis (1,42%). As capitais com quedas mais intensas foram Goiânia (-2,23%), São Paulo (-1,51%), Belo Horizonte (-1,49%) e Campo Grande (-1,43%).
Na prática, os aracajuanos tiveram que desembolsar R$470,97 para levar o conjunto de alimentos perecíveis para casa. Vale frisar que no mês de maio, por exemplo, a capital sergipana teve redução de 0,26%%. Em abril, a capital sergipana teve alta de 0,19%, em março, a alta foi de 5,13%, em fevereiro, houve redução de 1,1%, e em janeiro queda de 0,51%.
Mesmo com a alta percentual mensal, Aracaju, que até o mês passado detinha a cesta mais barata do país, agora tem a segunda cesta mais em conta entre as 17 capitais avaliadas, perdendo o posto, neste mês, apenas para Salvador (R$467,30). Recife (R$483,92), João Pessoa (R$495,76) e Natal (R$500,20) completam a lista entre as mais baratas.
Já a cesta mais cara foi a de Florianópolis (R$ 645,38), seguida pelas de Porto Alegre (R$ 642,31), São Paulo (R$ 626,76), Rio de Janeiro (R$ 619,24) e Curitiba (R$ 618,57).
Comparação anual
Conforme o estudo do Dieese, ao comparar junho de 2020 e junho de 2021, o preço do conjunto de alimentos básicos subiu em todas as capitais que fazem parte do levantamento. Os percentuais oscilaram entre 11,17%, em Recife, e 29,87%, em Brasília.
No primeiro semestre de 2021, 10 capitais acumularam aumentos, com taxas entre 1,24%, em Fortaleza, e 14,47%, em Curitiba. Em outras sete cidades, o custo da cesta teve redução, com destaque para Belo Horizonte, -6,42%.
Salário mínimo necessário
Com base na cesta mais cara que, em junho, foi a de Florianópolis, o Dieese estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.421,84, valor que corresponde a 4,93 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100,00. O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças. Em maio, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 5.351,11, ou 4,86 vezes o piso em vigor.
Variações
Entre maio e junho, o litro do leite integral subiu em 16 capitais e o quilo da manteiga, em 12 cidades. As maiores altas do leite foram observadas em: Belo Horizonte (8,54%), Porto Alegre (6,20%), Aracaju (5,87%) e Natal (5,82%). Para a manteiga, os principais aumentos ocorreram em Aracaju (5,30%), Brasília (3,79%), Vitória (3,55%) e Florianópolis (3,31%). A baixa oferta de leite no campo e os altos custos de produção elevaram os preços dos derivados no varejo.
O açúcar apresentou elevação de preço em 15 capitais e as taxas oscilaram entre 1,75%, em Vitória, e 15,41%, em Natal.
O valor médio do quilo da carne bovina de primeira registrou alta em 14 cidades em relação a maio. As maiores variações foram observadas em Porto Alegre (6,45%), Florianópolis (5,19%), Recife (3,97%) e Fortaleza (3,19%).
O preço médio do óleo de soja subiu em 14 capitais. O quilo da batata, pesquisada no Centro-Sul, apresentou redução de preço em nove das 10 capitais onde o tubérculo é pesquisado. Em junho, o preço médio da banana recuou em 14 cidades. A pesquisa faz uma média
ponderada dos tipos prata e nanica.