Policiais militares e Bombeiros, com o apoio dos oficiais, prometem deflagrar na próxima segunda-feira (8) o movimento “Polícia Legal” caso o Governo do Estado não atenda as reivindicações sobre a progressão por tempo de serviço na carreira militar e implementação do subsídio. A informação é que as associações que representam militares e oficiais das duas corporações aguardam uma resposta positiva do governo até o domingo (7), caso contrário passaram a cumprir o que já determina a lei que é não trafegar em veículos sem condições, usar coletes e munições vencidas e intensificar o combate aos jogos de azar, no caso o jogo do bicho.
Segundo o deputado estadual, capitão Samuel Barreto, o movimento prevê que a PM e os Bombeiros deixem de dar o “jeitinho”, que seria trabalhar com efetivo reduzido que não garante nem mesmo a segurança do policial, equipamentos de proteção vencidos e veículos sem condições de tráfego. “Não vamos mais dar o jeitinho para que a segurança funcione”, disse o parlamentar em entrevista à rádio Ilha FM. Ele acrescentou que ocorrências onde o efetivo mínimo necessário também não esteja presente não serão atendidas até que chegue o reforço.
“Tem policiais que estão sem tirar férias. Até os atestados médicos apresentados, quando são avaliados pela Junta Médica tem os dias reduzidos. Se não puder calçar o coturno, estiver mancando de um pé, vai trabalhar de sandália”, disse Samuel Barreto, acrescentando que agora os policiais e oficiais irão ignorar o racionamento de combustível, que vem ocorrendo desde o mês de junho, e ficar realizando as rondas initeruptas como cobra a população. “Se o combustível acabar, paciência”.
O parlamentar destatou que neste momento o que militares e Bombeiros cobram que o governo aprove e encaminhe para a Assembleia Legislativa os projetos de progressão por tempo de serviço na carreira militar e do subsídio. “Já foram feitos os estudos e agora está nas mãos da Sefaz para tomar a decisão. Queremos que o governo aprove e mande para Assembleia. Depois veremos a possibilidade da implementação quando o estado tiver condições”, destacou Samuel.
O presidente da Associação dos Oficiais Militares de Sergipe (Assomise), tenente-coronel Adriano Reis, informou que policiais militares e Bombeiros são os únicos servidores públicos de Sergipe que não têm subsídio e nem plano de carreira aprovado. Ele lembrou que existem militares com até 16 anos de corporação sem promoção, situação que tem causado insatisfação a tropa.
De acordo com o Relações Públicas da PM, coronel Paulo Paiva, as negociações com o governo do estado estão avançadas e a expectativa é que os projetos sejam votados e aprovados o mais rápido possível.
Fonte: Portal AJN1