Para muitos, dezembro e janeiro são sinônimos de descanso, por serem meses de férias escolares e recesso profissional. Nesse período, famílias inteiras planejam viagens e festas, se ausentando da própria residência por dias. Pensando nisso, a Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), reforça a orientação sobre os cuidados que devem ser adotados para evitar que sejam criados focos de Aedes aegypti, mosquito vetor da dengue, zika e chikungunya, durante os dias em que as casas destas famílias estiverem fechadas.
O quintal é um dos principais locais que devem obter atenção redobrada dos moradores, principalmente quando há reservatórios utilizados para recepção da água das chuvas, muito comuns no verão, com a incidência de trovoadas, conforme alerta o gerente do Programa Municipal de Controle do Aedes Aegypti, Jeferson Santana.
“Algumas pessoas viajam e, normalmente, esquecem algum objeto com água parada dentro de casa e isso exige muita atenção do morador, até porque as chuvas desse período também contribuem para a chegada do mosquito na residência. Ao viajar, o proprietário deve deixar os depósitos muito bem fechados, de preferência sem água, para que, quando a pessoa retorne das férias não tenha a sua casa infestada de Aedes aegypti”, orienta o gerente.
O controle residencial é de responsabilidade de quem mora no imóvel ou a quem pertence, quando não houver moradores. Atitudes simples podem diminuir as chances de proliferação do mosquito, incluindo escorrer a água dos pratinhos de plantas, colocar areia em todos os locais que acumulem água no quintal, manter fechado em caso de inutilização os ralos de cozinha e banheiro, manter limpa as lavanderias, toneis e depósitos de água, além de mantê-los cobertos, dentre outras ações.
Ainda de acordo com o gerente Jeferson Santana, o tempo mais quente acelera o desenvolvimento do ovo para se transformar em mosquito.
“Considerando isso, em cinco dias já teremos um mosquito adulto que, se estiver infectado, transmitirá alguma arbovirose, ou seja, as doenças transmitidas pelo Aedes. Por isso, a possibilidade de haver surtos ou epidemias no verão é maior. O clima mais quente do que o habitual auxilia o surgimento rápido do mosquito, levando os agentes de endemias e a população a aumentarem a vigilância nas ruas da cidade, praças e casas, sobretudo porque o principal local de predominância dos criadouros é na residência de cada morador que, às vezes, deixa de lado o cuidado fundamental para a saúde coletiva” alerta Jeferson.
Fonte: AAN