O prefeito da Barra dos Coqueiros, Alberto Macedo (União Brasil), candidato à reeleição, usou as suas redes sociais na noite desta quinta-feira, 3, para denunciar perseguição e abuso de poder que ele, candidatos a vereador e aliados políticos vem sofrendo da Polícia Militar (PM) nesta reta final da campanha eleitoral. Ele irá acionar órgãos competentes.
Na tarde desta quinta, policiais militares descaracterizados foram até a residência de Alberto para intimidá-lo. “Estamos sendo perseguidos descaradamente. De forma desesperada, nossos adversários tentam nos intimidar mais uma vez usando a força pública. Hoje, a polícia esteve em minha porta, alegando uma suposta denúncia. Se estão fazendo isso comigo, que sou prefeito, imaginem com você, trabalhador e cidadão de bem. E não é a primeira vez que passam em minha porta de forma ameaçadora”, relata Alberto em vídeo publicado em suas redes sociais.
O governador de Sergipe, Fábio Mitidieri, é aliado político do ex-prefeito Airton Martins, candidato a prefeito na Barra dos Coqueiros e principal adversário político de Alberto, o que levanta a suspeita de abuso de poder por parte da Polícia Militar interligada à Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP).
Perseguição a vereadores
Candidato a vereador da coligação de Alberto, Zinho Souza também passou por uma abordagem fora do padrão da Polícia Militar, assim como outros candidatos a vereador. Ele denunciou a situação, recentemente, em entrevista a um programa de rádio.
“Eu passei por toda abordagem e sequer foi pedido um documento meu, sequer pediram um documento do motorista, do carro. Eu me senti muito constrangido. Parecia que era para constranger, para inibir, para que eu evitasse estar andando na rua e visitar pessoas”, relata Zinho Souza.
Para Alberto e aliados, estes fatos têm um só motivo: semear medo entre o eleitorado da Barra. “Primeiro, foram atrás dos nossos vereadores de forma arbitrária, também abordando os nossos correligionários de forma truculenta, e agora estão tentando me atingir diretamente, passando diversas vezes de forma ameaçadora em minha porta com armamento pesado. Mas eu digo: não vão nos calar”, desabafou Alberto.
Denúncia em órgãos competentes
Alberto e a sua Coligação “A Barra Avança com Trabalho” irão acionar o Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal (PF) e Justiça Eleitoral para que sejam tomadas todas medidas necessárias contra a situação.
“É inadmissível que estejamos sendo perseguidos desta maneira. Se é uma ação de rotina, por que somente nós estamos sendo abordados? Por que estão protegendo nossos adversários?”, questiona Alberto.
Em seu desabafo, Alberto pediu que seus apoiadores se tranquilizem e se mantenham firmes, pois “ninguém vai comprar nosso silêncio com medo e opressão”. “No domingo, daremos a resposta: não aceitamos intimidação e o tempo dos coronéis ficou no passado. Vamos mostrar que quem manda na Barra é o povo”, afirma.
Cancelamento inesperado de evento
Outro fato que chamou atenção na Barra foi a inesperada interrupção pela Polícia Militar da tradicional 7ª Cavalgada das Coleguinhas, evento anual exclusivo das mulheres, no último sábado, 28. O impedimento causou indignação entre as participantes, que registraram a sua revolta nas redes sociais.
Em um dos vídeos que circulam nas redes sociais, uma das organizadoras expressa o seu descontentamento: “São sete anos que realizamos esse passeio e nunca teve envolvimento com político. É um evento privado. Vamos ficar com prejuízo. Infelizmente, por outro evento que está ocorrendo aqui o nosso não pode acontecer. Por que o governador vem pra cá? Governador, esposa, sejam bem-vindos. Mas gastamos com transporte e nós não somos bem-vindos também? Isso que você está fazendo é feio”, disse.
O cancelamento da cavalgada coincidiu com a realização de um ato político do ex-prefeito Airton Martins, que contou com a presença da primeira-dama do Estado, Érica Mitidieri.
Por Assessoria de Imprensa